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16/03/2013

INDICADOR DE QUALIDADE, TURNO INTEGRAL CRESCEU 76% EM DOIS ANOS


Retirado do site Notícias Terra.

12 de Março de 2013•10h17

De olho em indicadores de qualidade, Estados e municípios investem no turno integral como forma de melhorar o aprendizado dos alunos

De acordo com o último levantamento do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), que realiza a cada três anos uma avaliação dos índices de educação de 65 países, o Brasil ocupa a 53ª posição, um dado considerado preocupante. Na busca por melhorias na qualidade do ensino, uma alternativa vem sendo adotada em diversas escolas do País: o ensino em turno integral.

De acordo com o Educacenso, as matrículas nesta modalidade no ensino fundamental da rede pública aumentaram de 4,7% para 8,3% de 2010 a 2012 - um crescimento de 76%. É considerada de turno integral a jornada escolar com sete horas diárias ou mais.

Ao observar os 15 países mais bem colocados no Pisa, vimos que todos tinham mais horas de aula
Claudia Costin 
Secretária da Educação do Rio

Segundo a secretária de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, o ranking do Pisa foi uma das inspirações para a implementação do programa Turno Único nas escolas da rede municipal. "Ao observar os 15 países mais bem colocados no Pisa, vimos que todos tinham mais horas de aula", explica. 

As mudanças no município começaram em 2009, com o fim da aprovação automática, a implementação de um currículo único, a realização de provas bimestrais unificadas em toda a rede e a ênfase maior em disciplinas como matemática e ciências. Já o ensino em turno integral começou a ser adotado em 2011, de modo gradual. Atualmente, 17% dos alunos da rede são atendidos nesta modalidade, e o objetivo da prefeitura é que o índice seja de 35% em 2016 e de 100% até 2030. 



O turno integral também é a estratégia do governo do Estado de São Paulo, que no ano passado deu início ao programa "Educação – Compromisso de São Paulo", com a implementação do turno integral em 16 escolas de ensino médio. O programa foi ampliado neste ano para outras 53 unidades, incluindo também turmas de ensino fundamental. Hoje, são atendidos cerca de 20 mil estudantes de 48 municípios. 

No novo modelo de ensino, a jornada é de oito horas e meia no ensino fundamental e de nove horas e meia no ensino médio, incluindo três refeições diárias. As escolas contam com salas temáticas de português, história, arte e geografia, além de salas de leitura e informática.

A educação em turno integral é uma das ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (MEC), e é incentivada por meio do Programa Mais Educação (PME). O PME busca a ampliação da jornada escolar e das oportunidades educativas, propondo uma articulação das disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e práticas socioculturais. 

Claudia Costin explica que o programa Turno Único é interligado com o Mais Educação, principalmente na figura do educador comunitário, previsto no PME, que intermedia o diálogo entre instituições de ensino e oficineiros, o que integra a comunidade à escola e diversifica o currículo.

Resultados
Apesar de as mudanças serem recentes, já é possível observar resultados positivos. No caso de São Paulo, uma avaliação realizada nos meses de março e setembro de 2012 nas escolas de ensino médio em que o programa foi implementado, mostrou que nos exames de leitura e interpretação de texto houve melhora de 81% nas notas dos alunos de terceiro ano. No Rio de Janeiro, a implantação do turno único também está sendo uma experiência bem sucedida. 

Todas as escolas que oferecem turno integral se destacam nas provas bimestrais aplicadas pelo município, além de terem superado as metas da última Prova Brasil, diagnóstico trienal realizado pelo MEC para avaliar a qualidade do ensino do sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. A secretária Claudia Costin destaca ainda a mudança de comportamento ocorrida entre os alunos.

"Pudemos observar que os alunos destas escolas são mais disciplinados, mesmo tendo atividades mais animadas". Para ela, esta mudança é resultado do papel desempenhado pelos alunos neste modelo de ensino, "a disciplina vem naturalmente quando se coloca o aluno no centro da construção da própria educação", explica.

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