Retirado
do site do G1.
02/04/2012 20h12
Paralisação de profissionais da rede chega a 60%,
segundo sindicato. Expectativa é que greve aconteça até a quarta-feira
(4).
A Secretaria da Educação da cidade de São Paulo
divulgou na noite desta segunda-feira (2) que a adesão à greve na rede
municipal de ensino atingiu apenas 10% das unidades. A estimativa é bastante
diferente da do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal
(Sinpeem), segundo o qual pararam 60% dos funcionários - o que inclui
professores, gestores e quadro de apoio.
A paralisação deve durar até quarta-feira (4),
segundo o sindicato. A categoria reivindica a antecipação da aplicação dos
índices de reajustes previstos para 2013 (10,19%) e 2014 (13,43%). Outro
objetivo é pressionar para que a Prefeitura garanta aos funcionários dos Ceis,
que cuidam de crianças de 0 a 3 anos, direito às férias em janeiro e aos
recessos escolares. O Sinpeem convocou uma assembleia para quarta-feira, na
qual seria votada a retomada das atividades.
Segundo o sindicato, Centros de Educação
Infantil (Ceis), como Sapopemba (Zona Leste), Vicentina-Velasco e Parque
Bristol (Zona Sul) estavam totalmente parados na manhã desta segunda-feira.
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Creches abertas
A rede municipal de ensino tem cerca de 2,5 mil
escolas, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Uma decisão do Tribunal de
Justiça de São Paulo da semana passada obriga a administração municipal a
manter abertas todas as creches e pré-escolas municipais durante as férias
escolares. A medida é uma das razões da manifestação da categoria. A Prefeitura
pretende recorrer da decisão.
A administração municipal encaminhou para Câmara
Municipal na semana passada um projeto de lei que estabelece as férias e o recesso
em todas as unidades da sua rede, incluindo os CEIs e Emeis. Anteriormente, as
férias estavam previstas apenas em portarias anuais.
Se aprovada, a lei fixará 30 dias de férias para
todas as unidades escolares, no mês de janeiro. A lei também prevê a existência
de um plantão de creches em janeiro. Segundo a Prefeitura, durante as férias,
boa parte das famílias costuma ficar com as crianças em casa. O plantão, que
foi colocado em prática em 2008, serviria para aquelas famílias que não
tivessem condições de mantê-las em casa nesse período.
Em nota, a Secretaria da Educação afirmou que a
Prefeitura de São Paulo tem hoje um dos maiores pisos salariais de professores
do país. Prova dessa valorização é o fato de a atual gestão ter aumentado em
55,29% o salário dos profissionais da educação de janeiro de 2005 até maio de
2011. "Esse reajuste é superior à inflação acumulada no período, que foi
de 35,11%, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)",
informou a nota.
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