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13/02/2012

ESTADO (RJ) USA REDES SOCIAIS NO COMBATE A GREVE

Retirado do site O Globo.

Quem acha que internet é um lugar independente e seguro para expressar as opiniões tem que rever seus conceitos.

Publicado 10/02/12

Serviço de inteligência fez rastreamento diário de Facebook e Twitter para identificar e prender líderes na Polícia Militar

RIO - A invasão do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, em junho de 2011, serviu de laboratório para a cúpula da segurança do Rio evitar erros cometidos naquele episódio. Desta vez, o serviço de inteligência da PM se antecipou e recorreu às redes sociais — as mesmas usadas pelos bombeiros para convocar os colegas a ocuparem o quartel — para identificar os policiais militares líderes do atual movimento grevista. Houve um acompanhamento diário do Facebook e do Twitter, além de blogs. Dessa forma, uma semana antes da decretação da greve, na quinta-feira, o governo já sabia quem estava à frente das articulações.

Com isso, foi possível conseguir na Justiça a prisão dos líderes logo após a paralisação ter sido decidida.

Um relatório confidencial foi enviado à Corregedoria da PM com os nomes dos policiais e sua atuação no movimento. Coube então à corregedoria buscar os mandados de prisão na Auditoria Militar, culminando com a decisão de mandá-los para um presídio de segurança máxima, Bangu 1.

Comandante mandou várias mensagens no Facebook

Como a preocupação maior era com a tropa da PM — entre as corporações envolvidas no movimento, é a que tem o maior efetivo, de 43 mil homens —, o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, comandante-geral, enviou várias mensagens pelo Facebook, ora pedindo votos de confiança para as negociações, ora anunciando os riscos de levar adiante a greve, prejudicando a população.

A missão de Costa Filho era justamente esvaziar o movimento grevista. Enquanto enviava as mensagens pelo BlackBerry, ele ia aos quartéis para orientar a tropa. Dois desses encontros foram mais importantes: com os cadetes da Academia de Polícia Militar Dom João VI e com os recrutas no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças. O receio era que eles, em maior número, decidissem ir à assembleia na Cinelândia, na quinta-feira. Temia-se que imagens do local fossem parar nas redes sociais, mostrando que o movimento ganhava força.

Nos bastidores, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, tentava convencer o secretário estadual de Planejamento, Sérgio Ruy, a melhorar a oferta de aumento de salários aos policiais. A conversa rendeu a última proposta votada na Assembleia Legislativa na quarta-feira. Ao mesmo tempo, Beltrame costurava, com o governo federal, um plano B, com o pedido de reforço da Força Nacional, além do apoio das Forças Armadas.

A participação de Beltrame também foi decisiva ao mandar homens do Bope e do Batalhão de Choque para Itaperuna e Campos, focos de oposição ao governo estadual. Foram mobilizados helicópteros do estado e até da prefeitura do Rio para levar os policiais.

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