Retirado do site Correio do Povo e canal do youtube do blog Ricardo Gama.
12/2/2012 16:51, Por Redação - do Rio de Janeiro
Os repórteres da Rede Globo de TV foram pressionados a deixar a manifestação dos policiais e bombeiros realizada, neste domingo, em frente ao Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio. Centenas de pessoas cercaram as equipes de jornalismo da TV Globo e da Globonews e passaram a gritar palavras de ordem, o que de fato impediu que seguissem no local.Os integrantes das forças auxiliares de segurança do Estado do Rio, nesta mesma manifestação, decidiram adiar, até esta segunda-feira, a decisão sobre manter ou suspender a greve iniciada nesta sexta-feira. O ato público prosseguiu com o repúdio às prisões de militares acusados de incitarem o movimento. Os grevistas marcaram para esta segunda-feira, às 18h, no Centro da cidade, uma nova assembleia para decidir os rumos do movimento.
– Decisão certa. Na minha opinião, a ordem é o que foi dito aqui: que o governador (Sérgio Cabral) retire o aumento que deu, o que quer dar e tire 10% dos nossos salários, se a questão é essa, mas o mais importante é soltar os companheiros. O movimento é pacífico e ele está tratando como se fosse um movimento desordeiro – disse o cabo Lopes, da Polícia Militar (PM), aos jornalistas que permaneceram no local.
Mesmo com o anúncio da suspensão do movimento por parte da Polícia Civil, agentes da corporação participaram do ato de repúdio. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fernando Bandeira, explicou que existem duas representações da categoria – o Sinpol, criado em 1993, e o Sindipol que, segundo histórico divulgado na página da entidade na internet, representa desde 2007 a reativação de uma instituição criada há quase 20 anos. A representação da categoria está dividida entre os dois sindicatos. Cada entidade contabiliza uma média de 1,5 mil policiais civis filiados. Bandeira criticou o anúncio de suspensão da greve feito na véspera pelo diretor jurídico do Sindpol e garantiu que a Polícia Civil continua no movimento.
– A decisão foi tomada em assembleia. A gente não pode tomar a decisão de sair da greve sem conversar com as outras categorias (bombeiros e Polícia Militar). Essa ilegalidade de suspender a greve é um desrespeito até com os policiais civis – protestou o presidente do Sinpol, reafirmando que a categoria continua com os atendimentos reduzidos e apoiando a pauta de reivindicações.
O sargento Paulo Nascimento, um dos líderes dos bombeiros, reafirmou a posição da categoria.
– Temos que manter a greve, mas dentro da normalidade e legalidade. Repito que mantemos 30% dos atendimentos sendo feitos – afirmou.
A manifestação deste domingo, na praia de Copacabana, teve uma participação tímida de militares. Ainda assim, policiais civis, militares e bombeiros mantiveram o ato que durou quase quatro horas, reafirmando o caráter “pacífico e ordeiro” que o movimento deve manter para ter continuidade e os protestos contra a prisão de vários militares que foram encaminhados ao Presídio de Segurança Máxima Bangu 1.
Uma comissão de mulheres de bombeiros e de policiais presos no complexo penitenciário estão organizadas para buscar o apoio do governo federal em Brasília, na próxima terça-feira. Mas, nesta segunda-feira, a comissão e outros parentes de militares presos terão uma reunião, às 10h, com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro.
Emocionada, a estudante Ana Paula Fernandes Matias, mulher do sargento Matias, preso neste sábado sob acusação de não ter se apresentado ao trabalho, protesta. Ela garante que o marido estava no posto do Grupamento Marítimo (Gmar) na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital. Mas, como outros militares do Gmar, ele não usava o uniforme da corporação, em protesto.
– Estamos lutando por uma causa. Em momento algum abandonamos a população. Isso é uma covardia. O que eu falo para o meu filho, de 4 anos, que pergunta pelo pai, que é honesto, nunca respondeu a qualquer processo e está preso em um complexo de segurança máxima? – questionou, emocionada.
eu acho que isso é um absurdo.. uma tv tem o direito de filmar qualquer manifestação mesmo que esteje do lado do governo.. eles ganham pouco.. claro que sim né.. mas apartir do momento que eles quizeram seguir essa profissao eles nao podia abandonar e deixar a cidade em perigo.. deviam achar outra forma de se resolver isto.. comentario de um morador de são mateus-es
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