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9.02.2012 às 00h02
Na rede estadual, promessa de instalação de aparelhos de ar condicionado feita no ano passado ainda não foi cumprida em 178 unidades
POR Angélica Fernandes
Rio - Volta a aula, volta a sauna. Sem ar condicionado nas salas, alunos da rede estadual iniciam o ano letivo ‘derretendo’ com as altas temperaturas. Nesta quarta-feira, a máxima registrada no Rio foi de 34,7° em Realengo. No bairro, em sala do Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, onde só funcionam dois ventiladores, a temperatura chegou a 34,2°. Em outras duas escolas — em Bangu e Padre Miguel — o termômetro disparou mesmo com ventiladores ligados e alcançou temperaturas de 33° e 32°.
A primeira avaliação não correspondeu às expectativas da secretaria, já que o equipamento não é de longo alcance. “Não resfriou todo ambiente. A temperatura ficou acima do aceitável, que é entre 25° e 28°”, comenta o subsecretário de infraestrutura, Zaqueu Soares Ribeiro.
Sem outras alternativas, o que resta para as escolas alugadas é esperar pela construção de novos prédios. O Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, em Realengo, já tem destino certo. A Secretaria de Educação informou que a escola será transferida, ainda sem data marcada, para um nova unidade em Bangu, dois bairros depois de Realengo.
Enquanto isso, alunos terão que conviver com o calor. Nesta quarta-feira, foi o primeiro dia de aula da escola para os novos estudantes do Ensino Médio. A ansiedade pela volta às aulas foi frustrada pelo forno nas salas. “Já estou arrependida de estudar neste colégio. Suei a aula toda”, conta Tarssila Teixeira, 16 anos, que está no primeiro ano.
No Colégio Estadual Monsenhor Miguel Mochón, em Padre Miguel, a temperatura da sala chega a 33,5° | Foto: Agência O Dia
Em reportagem publicada por O DIA em março de 2011, o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, prometeu que até o fim do ano passado, 100% da rede estadual seria climatizada. Das 1.357 escolas, 178 unidades ainda não receberem ar condicionado. Outras 19 são imóveis alugados e não receberão o investimento.
No Colégio Estadual Monsenhor Miguel Mochón, em Padre Miguel, com 4 ventiladores funcionando, a temperatura da sala chega a 33,5°. “É muito calor, não dá vontade de assistir aula”, conta um aluno. Em nota, a Secretaria de Educação informou que o colégio está no cronograma de obras para receber ar condicionado este ano.
Perto dali, em Bangu, o Colégio Leopoldina da Silveira, alvo de protestos estudantis no ano passado para o fim das ‘saunas de aula’, está com as 15 salas prontas para receber o aparelho. Entretanto, nada foi instalado. Em uma sala, a temperatura ficou nesta quarta-feira em 32,4°. A escola continua em obras e a demora da instalação é devido a pendências do colégio com a Light. A secretaria garantiu que até o fim deste mês, todas as salas estarão climatizadas.
Ventilador com vaporizador tenta amenizar o ‘bafo’
Para tentar amenizar o calor nas escolas que são alugadas e não podem receber climatização, a Secretaria de Educação testa desde segunda-feira ventilador vaporizador em uma sala de aula no Colégio Estadual Stella Matutina, em Jacarepaguá.
Sem outras alternativas, o que resta para as escolas alugadas é esperar pela construção de novos prédios. O Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, em Realengo, já tem destino certo. A Secretaria de Educação informou que a escola será transferida, ainda sem data marcada, para um nova unidade em Bangu, dois bairros depois de Realengo.
Enquanto isso, alunos terão que conviver com o calor. Nesta quarta-feira, foi o primeiro dia de aula da escola para os novos estudantes do Ensino Médio. A ansiedade pela volta às aulas foi frustrada pelo forno nas salas. “Já estou arrependida de estudar neste colégio. Suei a aula toda”, conta Tarssila Teixeira, 16 anos, que está no primeiro ano.
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