Professores decidem greve em assembleia na Avenida Paulista
Grupo fechou os dois sentidos da avenida durante votação.
Sindicato organiza marcha em direção ao Centro da capital paulista.
Grupo caminha rumo à Praça da República; por volta das 17h, ocupavam um sentido da Av. Paulista (Foto: Julia Basso Viana/G1)
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Professores da rede estadual de São Paulo
decidiram, em assembleia realizada nesta tarde desta sexta-feira (19),
na Avenida Paulista, decretar greve na categoria. A paralisação está
prevista para começar na segunda-feira (22).Os professores reivindicam maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.
O grupo chegou a ocupar totalmente a avenida na altura do Masp durante a votação. A manifestação começou na tarde desta sexta-feira. Os organizadores acreditam que reuniram, até as 18h30, cerca de 20 mil pessoas. A Polícia, porém, contabilizou 7 mil.
Após ocupar a Paulista, o grupo seguiu até a Consolção e depois chegou à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação.
Além de docentes, estudantes também participarm do protesto. Com os rostos pintados e usando nariz de palhaço, alguns alunos cantavam "o professor é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo". O policiamento na região foi reforçado, mas o protesto foi pacífico.
De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ainda não há dados sobre o percentual de adesão à paralisação nesta sexta. A Secretaria Estadual de Educação disse que "o registro de faltas nesta sexta-feira (19) teve crescimento de apenas 4,8% do total de docentes, em relação à média diária de ausências de 5%". A secretaria informou ainda, em nota, que considera descabidas as reclamações da Apeoesp.
O sindicato criticou a proposta de reajuste do governo e disse que a decisão pela greve era a última opção. “Era melhor não ter dado nada do que ter nos colocado nessa situação humilhante”, disse a presidente do Apeoesp, Maria Izabel Noronha. “Tentamos negociação, a greve foi nossa última opção”, afirmou.
Reivindicações
Tramita na Assembleia Legislativa, segundo o Sindicato, uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total. A categoria reivindica um reajuste salarial de 36,74%. O reajuste foi enviado à Assembleia em 17 de abril pelo Governo de São Paulo.
CET interdita trânsito em pista na Avenida Paulista
(Foto: Julia Basso Viana/G1)
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que
leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um
salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$
2.257,84 em 2013.(Foto: Julia Basso Viana/G1)
Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.
A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”
Outro protesto
Profissionais de saúde da rede estadual fizeram, nesta tarde, uma manifestação que bloqueou inteiramente a Avenida Dr. Eneas Carvalho de Aguiar, na região dos Jardins, segundo a CET.
De acordo com a Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 13h23. Cerca de 400 pessoas participavam do ato, às 15h20, para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho.
Protesto ocorre no vão livre do Masp, na região da Paulista (Foto: Julia Basso Viana/G1)
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