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07/03/2013

CIEP SEM FUNCIONÁRIOS: PAIS TRABALHAM COMO PORTEIRO E ATÉ FAXINEIRO EM COLÉGIO


Retirado do site do jornal Extra.

Publicado em 05/03/13 08:10      
Ciep sem funcionários: pais trabalham como porteiro e até faxineiro em colégio para garantir estudo dos filhos
O padeiro Edivaldo Oliveira faz papel de porteiro do Ciep para garantir estudos da filha Foto: Wilson Mendes

O dia sempre começou cedo para o padeiro Edivaldo Oliveira. Mas agora, quando levanta, às 5h, o sabor do trabalho é diferente: ele faz as vezes de porteiro no Ciep Raul Ryff, em Paciência, onde a filha estuda. Ele e outros pais de alunos da unidade decidiram ocupar postos de inspetores, faxineiros e até de merendeira, para garantir que os filhos continuem estudando, depois que funcionários terceirizados pelo estado abandonaram o trabalho.

— Isso é tão inacreditável que não cabe na minha cabeça. Estou cansado, fazendo jornada dupla, mas esta foi a forma que encontrei para que minha filha estudasse. Ela vai fazer o Enem este ano e precisa da aula — desabafou Edivaldo, pai de uma jovem de 17 anos, matriculada no 3º ano do Ensino Médio.

Há uma semana, depois de 15 dias de aulas com metade da carga horária, a direção do colégio convocou pais, alunos e professores para uma reunião geral. Anunciou uma proposta para que a escola continuasse funcionando enquanto novos funcionários não chegassem.
— A diretora chegou com uma planilha nova de horários. As turmas teriam apenas metade do tempo e se alternariam, com aulas dia sim, dia não. Por isso, nos oferecemos para fazer o serviço — disse a dona de casa Roseli Maciel, de 42 anos.

Depois do comunicado da direção, a escola passou o dia 27 de fevereiro fechada. Cerca de 15 pais fizeram uma faxina geral na unidade.

— Limpei os banheiros e as salas. Desde o início do ano, a direção manteve apenas um banheiro funcionando porque não podia manter todos limpos — disse Edivaldo.

Emergência
Na segunda-feira, quando os 1.500 alunos já estavam com as aulas normalizadas após o mutirão das famílias, uma van da Secretaria estadual de Educação desembarcou na unidade, com uma “equipe de emergência” para, segundo o órgão, “recuperar escolas”.

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