Retirado do site Mundo Sindical.
Notícias
Na iminência de mais uma greve dos professores das escolas natalenses - cuja decisão se dará hoje em assembléia da categoria, às 8h30, na Assen - o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, disse que não existem motivos para a greve. Em coletiva a imprensa na tarde de ontem, o titular da SME afirmou que a proposta final de 10% de aumento já foi feita e que a greve não será tolerada, já que o município paga acima do piso nacional da categoria. De acordo com Walter Fonseca, a paralisação só acontecerá por motivações políticas.
O reajuste pedido pelo sindicato da categoria é de 22%, mas a Prefeitura afirmou que o valor que será oferecido é de 10%. "Não existe a menor possibilidade de um aumento maior do que o de 10%. A prefeitura nem tem obrigação de atender a reivindicação", disse Walter Fonseca. A declaração do secretário se deu pelo fato de atualmente os professores receberem bem mais do que o piso estabelecidonacionalmente, inclusive com o reajuste de 22% dado pelo Ministério da Educação (MEC). "Se eles aceitarem a proposta, receberão 83% a mais do que o piso nacional, já contando com o reajuste dado pelo MEC", afirmou Fonseca, que explicou o motivo dos 10% ser dividido em três vezes.
"Se dermos 10% de aumento de uma vez, iremos ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal e o município poderia quebrar". Com o aumento, o salário dos professores natalenses, com carga horária até 40h, pularia de R$ 2.426 para R$ 2.660, um valor R$ 1.209 superior ao piso nacional, fixado em R$ 1.451.
Amanhã o sindicato se reúne e irá decidir se aceita ou não a proposta. Caso o resultado seja negativo, Walter Fonseca afirma que será por questão políticas. "Não vejo outra possibilidade (para a greve) se não um fator político. Seja por eleições internas ou até mesmo pelas eleições em Natal. Mas não iremos tolerar isso e se a greve acontecer iremos para a justiça", finalizou.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN), Fátima Cardoso, assume que os professores municipais ganham acima do piso nacional, porém ressalta que não está existindo a progressão de carreira. "Já chegamos a ganhar 10 salários mínimos", enfatizou. Apesar disso, para um professor que trabalha 40 horas semanais nas escolas do município, a Prefeitura paga R$ 2.426. Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, o piso para a mesma carga horária é de 1.894,12.
Fátima lembrou ainda da situação precária que acomete a estrutura das escolas municipais e estaduais. "Visitei quatro CMEIs e em três não começaram as aulas", salientou. Os Centros de Educação Infantil Kátia Garcia, Maria Ilca, e Vilma Dutra não iniciaram as aulas ontem por falta de condições de uso. O Kátia Garcia está com a fossa estourada desde o ano passado e nos outros dois está faltando material de uma forma geral.
Governo anuncia reajuste de 22%, mas Sinte aguarda posicionamento oficial
Diante de uma greve anunciada para os próximos dias 14, 15 e 16, datas que coincidem com uma paralisação nacional, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou ontem que irá reajustar o salário dos professores em 22,2%. O percentual de reajuste foi estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) esta semana para elevar o piso dos magistrados que trabalham 40 horas semanais de R$ 1.187.14 para R$ 1.451. O Governo do Estado, que ano passado pagou de forma parcelada um reajuste de 34% para alcançar o piso, prometeu o aumento outra vez. Mas para o Sinte não ficou claro nem como nem quando será feita essa mudança.
A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, disse que a governadora não procurou a categoria para informar sobre sua decisão, mas sim a imprensa. "Até o momento ela não conversou com o sindicato. Não falou se vai pagar o retroativo dos ativos e aposentados. Nós não estamos sabendo como vai ser. Eu fui até a governadoria e protocolei um pedido de audiência com ela, até porque, eu preciso levar isso para assembleia do próximo dia 14", declarou. Fátima acredita que, sem um comunicado oficial, a governadora está entrando em conflito com a categoria. "A última vez que sentei com a secretária Bethânia Ramalho foi no dia 22 de agosto", reclamou.
O sindicato confirma que muitas escolas estão com problemas estruturais e não começaram as aulas. "É típico do Governo querer começar as aulas sem ter condições, mas a comunidade escolar tem um compromisso e não pode ser assim", apontou.
Outro lado
A secretária Bethânia Ramalho disse que o Governo não tem obrigação de informar seus passos para o sindicato. "A governadora irá falar com o próprio governo para saber como será dado esse reajuste", enfatizou. Segundo a titular da pasta, os professores que estão em sala de aula receberão os 22% na folha do mês de março e está sendo estudado o parcelamento para os inativos. "Por onde eu passei [escolas] as pessoas estavam satisfeitas. Foram 56% de aumento ao todo, de setembro até hoje", lembrou a secretária.
Fonte: Diário de Natal / Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O reajuste pedido pelo sindicato da categoria é de 22%, mas a Prefeitura afirmou que o valor que será oferecido é de 10%. "Não existe a menor possibilidade de um aumento maior do que o de 10%. A prefeitura nem tem obrigação de atender a reivindicação", disse Walter Fonseca. A declaração do secretário se deu pelo fato de atualmente os professores receberem bem mais do que o piso estabelecidonacionalmente, inclusive com o reajuste de 22% dado pelo Ministério da Educação (MEC). "Se eles aceitarem a proposta, receberão 83% a mais do que o piso nacional, já contando com o reajuste dado pelo MEC", afirmou Fonseca, que explicou o motivo dos 10% ser dividido em três vezes.
"Se dermos 10% de aumento de uma vez, iremos ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal e o município poderia quebrar". Com o aumento, o salário dos professores natalenses, com carga horária até 40h, pularia de R$ 2.426 para R$ 2.660, um valor R$ 1.209 superior ao piso nacional, fixado em R$ 1.451.
Amanhã o sindicato se reúne e irá decidir se aceita ou não a proposta. Caso o resultado seja negativo, Walter Fonseca afirma que será por questão políticas. "Não vejo outra possibilidade (para a greve) se não um fator político. Seja por eleições internas ou até mesmo pelas eleições em Natal. Mas não iremos tolerar isso e se a greve acontecer iremos para a justiça", finalizou.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN), Fátima Cardoso, assume que os professores municipais ganham acima do piso nacional, porém ressalta que não está existindo a progressão de carreira. "Já chegamos a ganhar 10 salários mínimos", enfatizou. Apesar disso, para um professor que trabalha 40 horas semanais nas escolas do município, a Prefeitura paga R$ 2.426. Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, o piso para a mesma carga horária é de 1.894,12.
Fátima lembrou ainda da situação precária que acomete a estrutura das escolas municipais e estaduais. "Visitei quatro CMEIs e em três não começaram as aulas", salientou. Os Centros de Educação Infantil Kátia Garcia, Maria Ilca, e Vilma Dutra não iniciaram as aulas ontem por falta de condições de uso. O Kátia Garcia está com a fossa estourada desde o ano passado e nos outros dois está faltando material de uma forma geral.
Governo anuncia reajuste de 22%, mas Sinte aguarda posicionamento oficial
Diante de uma greve anunciada para os próximos dias 14, 15 e 16, datas que coincidem com uma paralisação nacional, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou ontem que irá reajustar o salário dos professores em 22,2%. O percentual de reajuste foi estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) esta semana para elevar o piso dos magistrados que trabalham 40 horas semanais de R$ 1.187.14 para R$ 1.451. O Governo do Estado, que ano passado pagou de forma parcelada um reajuste de 34% para alcançar o piso, prometeu o aumento outra vez. Mas para o Sinte não ficou claro nem como nem quando será feita essa mudança.
A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, disse que a governadora não procurou a categoria para informar sobre sua decisão, mas sim a imprensa. "Até o momento ela não conversou com o sindicato. Não falou se vai pagar o retroativo dos ativos e aposentados. Nós não estamos sabendo como vai ser. Eu fui até a governadoria e protocolei um pedido de audiência com ela, até porque, eu preciso levar isso para assembleia do próximo dia 14", declarou. Fátima acredita que, sem um comunicado oficial, a governadora está entrando em conflito com a categoria. "A última vez que sentei com a secretária Bethânia Ramalho foi no dia 22 de agosto", reclamou.
O sindicato confirma que muitas escolas estão com problemas estruturais e não começaram as aulas. "É típico do Governo querer começar as aulas sem ter condições, mas a comunidade escolar tem um compromisso e não pode ser assim", apontou.
Outro lado
A secretária Bethânia Ramalho disse que o Governo não tem obrigação de informar seus passos para o sindicato. "A governadora irá falar com o próprio governo para saber como será dado esse reajuste", enfatizou. Segundo a titular da pasta, os professores que estão em sala de aula receberão os 22% na folha do mês de março e está sendo estudado o parcelamento para os inativos. "Por onde eu passei [escolas] as pessoas estavam satisfeitas. Foram 56% de aumento ao todo, de setembro até hoje", lembrou a secretária.
Fonte: Diário de Natal / Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Ameaça de greve dos professores de persiste, apesar de anúncio de reajuste
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário.