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03/03/2012

AMEAÇA DE GREVE DOS PROFESSORES (RN) PERSISTE APESAR DE ANÚNCIO DE REAJUSTE


Retirado do site Mundo Sindical.
Notícias
Ameaça de greve dos professores de persiste, apesar de anúncio de reajusteNa iminência de mais uma greve dos professores das escolas natalenses - cuja decisão se dará hoje em assembléia da categoria, às 8h30, na Assen - o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, disse que não existem motivos para a greve. Em coletiva a imprensa na tarde de ontem, o titular da SME afirmou que a proposta final de 10% de aumento já foi feita e que a greve não será tolerada, já que o município paga acima do piso nacional da categoria. De acordo com Walter Fonseca, a paralisação só acontecerá por motivações políticas.

O reajuste pedido pelo sindicato da categoria é de 22%, mas a Prefeitura afirmou que o valor que será oferecido é de 10%. "Não existe a menor possibilidade de um aumento maior do que o de 10%. A prefeitura nem tem obrigação de atender a reivindicação", disse Walter Fonseca. A declaração do secretário se deu pelo fato de atualmente os professores receberem bem mais do que o piso estabelecidonacionalmente, inclusive com o reajuste de 22% dado pelo Ministério da Educação (MEC). "Se eles aceitarem a proposta, receberão 83% a mais do que o piso nacional, já contando com o reajuste dado pelo MEC", afirmou Fonseca, que explicou o motivo dos 10% ser dividido em três vezes.

"Se dermos 10% de aumento de uma vez, iremos ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal e o município poderia quebrar". Com o aumento, o salário dos professores natalenses, com carga horária até 40h, pularia de R$ 2.426 para R$ 2.660, um valor R$ 1.209 superior ao piso nacional, fixado em R$ 1.451.

Amanhã o sindicato se reúne e irá decidir se aceita ou não a proposta. Caso o resultado seja negativo, Walter Fonseca afirma que será por questão políticas. "Não vejo outra possibilidade (para a greve) se não um fator político. Seja por eleições internas ou até mesmo pelas eleições em Natal. Mas não iremos tolerar isso e se a greve acontecer iremos para a justiça", finalizou.

A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN), Fátima Cardoso, assume que os professores municipais ganham acima do piso nacional, porém ressalta que não está existindo a progressão de carreira. "Já chegamos a ganhar 10 salários mínimos", enfatizou. Apesar disso, para um professor que trabalha 40 horas semanais nas escolas do município, a Prefeitura paga R$ 2.426. Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, o piso para a mesma carga horária é de 1.894,12.

Fátima lembrou ainda da situação precária que acomete a estrutura das escolas municipais e estaduais. "Visitei quatro CMEIs e em três não começaram as aulas", salientou. Os Centros de Educação Infantil Kátia Garcia, Maria Ilca, e Vilma Dutra não iniciaram as aulas ontem por falta de condições de uso. O Kátia Garcia está com a fossa estourada desde o ano passado e nos outros dois está faltando material de uma forma geral.

Governo anuncia reajuste de 22%, mas Sinte aguarda posicionamento oficial
Diante de uma greve anunciada para os próximos dias 14, 15 e 16, datas que coincidem com uma paralisação nacional, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou ontem que irá reajustar o salário dos professores em 22,2%. O percentual de reajuste foi estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) esta semana para elevar o piso dos magistrados que trabalham 40 horas semanais de R$ 1.187.14 para R$ 1.451. O Governo do Estado, que ano passado pagou de forma parcelada um reajuste de 34% para alcançar o piso, prometeu o aumento outra vez. Mas para o Sinte não ficou claro nem como nem quando será feita essa mudança.

A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, disse que a governadora não procurou a categoria para informar sobre sua decisão, mas sim a imprensa. "Até o momento ela não conversou com o sindicato. Não falou se vai pagar o retroativo dos ativos e aposentados. Nós não estamos sabendo como vai ser. Eu fui até a governadoria e protocolei um pedido de audiência com ela, até porque, eu preciso levar isso para assembleia do próximo dia 14", declarou. Fátima acredita que, sem um comunicado oficial, a governadora está entrando em conflito com a categoria. "A última vez que sentei com a secretária Bethânia Ramalho foi no dia 22 de agosto", reclamou.

O sindicato confirma que muitas escolas estão com problemas estruturais e não começaram as aulas. "É típico do Governo querer começar as aulas sem ter condições, mas a comunidade escolar tem um compromisso e não pode ser assim", apontou.

Outro lado
A secretária Bethânia Ramalho disse que o Governo não tem obrigação de informar seus passos para o sindicato. "A governadora irá falar com o próprio governo para saber como será dado esse reajuste", enfatizou. Segundo a titular da pasta, os professores que estão em sala de aula receberão os 22% na folha do mês de março e está sendo estudado o parcelamento para os inativos. "Por onde eu passei [escolas] as pessoas estavam satisfeitas. Foram 56% de aumento ao todo, de setembro até hoje", lembrou a secretária. 

Fonte: Diário de Natal / Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Ameaça de greve dos professores de persiste, apesar de anúncio de reajuste

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