Retirado do blog Cel Pr Paul. Faltam cindo dias para a greve de bombeiros e PMs no RJ. Alguém tem que ceder..... veremos os proxímos episódios desse cabo de guerra.
Cartaz recebido por email.
Posted: 03 Feb 2012 10:17 AM PST
Por Kezya Diniz às 11:23 de 03/02/2012 - Atualizada às 13:14.
Protesto terminou em tumulto durante movimento grevista da PM.
O dia de caos gerado em Fortaleza por conta de greve dos policiais e bombeiros militares completa um mês nesta sexta-feira (3). Depois das horas de insegurança, em que foram registrados arrastões e estabelecimentos comerciais tiveram de fechar as portas mais cedo em várias cidades, a categoria resolveu retomar as atividades.
Um dos grandes impasses para o fim do movimento foi a dificuldade de negociações com o Governo do Estado, que chegou a acionar a Força Nacional de Segurança e as Forças Armadas antes de sentar com os sindicatos que representavam os militares.
Reunião
Um mês depois do ápice da crise na segurança pública do Estado, representantes do Governo do Estado devem receber entidades representativas de policiais e bombeiros militares, a partir das 14h, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). O objetivo do encontro é dar continuidade às negociações com a categoria, como foi acordado durante a paralisação dos servidores.
Serão discutidas questões como a análise da Campanha Salarial de 2012 a 2014, adequação do auxílio alimentação, implantação de promoções compensatórias e reformulação do Código de Ética da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, com o intuito de combater o assédio moral.
Ainda não foi confirmada a presença do governador Cid Gomes (PSB) na reunião.
50% das exigências
O termo de acordo assinado por representantes do Governo do Estado e o comando de greve dos policiais e bombeiros militares, assinado na madrugada do dia 4 de janeiro, contemplou 50% das reivindicações feitas pela categoria. Das três, entre seis exigências feitas, estão:
- O pagamento de R$ 920,18 de gratificação a todos os policiais, visto que o benefício era repassado apenas aos militares que trabalhavam de madrugada;
- A diminuição da carga horária dos policiais de 44 para 40 horas semanais;
- Anistia ampla para os participantes da greve e não instauração de processo administrativo aos envolvidos no movimento desde novembro de 2011.
Crise na Bahia.
O Estado da Bahia está enfrentando algo semelhante ao que foi vivido pelos cearenses. Desde a última terça-feira (31), os policiais militares paralisaram as atividades. Desde então, uma série de ações criminosas foram registradas, principalmente em Salvador.
Assim como no caso local, o Governador do Estado, Jacques Wagner (PT), decretou situação de emergência e solicitou a presença da Força Nacional de Segurança.
Movimentos pelo Brasil
Apesar da ilegalidade de greve para militares, diversos Estados brasileiros sofreram com protestos e paralisações de policiais e bombeiros em 2011. Em junho, os bombeiros do Rio de Janeiro realizaram um movimento similar ao visto no Ceará nos últimos dias.
Cerca de 2 mil homens, acompanhados de mulheres e crianças, ocuparam o Quartel Central da corporação por 14 dias. Eles pediam a negociação do reajuste salarial, auxílio-transporte, melhores condições de trabalho e, em seguida, anistia aos envolvidos no movimento. O aumento nos salários e a anistia foram as principais conquistas da categoria.
Também em junho, os policiais e bombeiros militares de Minas Gerais permaneceram em estado de greve, com apenas 30% do efetivo trabalhando, por aproximadamente um mês. Eles aceitaram a proposta de reajuste de 69% parcelado até 2015.
No mês de agosto, os PMs do Piauí paralisaram as atividades em todo o Estado. Eles pediam que seus salários fossem equiparados aos dos policiais civis, em R$ 2,5 mil. Nesta ocasião, o Governo solicitou a presença da Força Nacional de Segurança para fazer o policiamento no território. Depois de sete dias parados, a categoria aceitou reajuste de 117% para soldados de 104% para cabos em até quatro anos.
O movimento que antecedeu a paralisação no Ceará aconteceu no Maranhão. No final do mês de novembro, os policiais militares decretaram greve e acamparam por nove dias em frente a Assembleia Legislativa, em São Luís. Os manifestantes conseguiram progressão do salário para R$ 2.564 em 2014, anistia dos participantes do movimento, criação de comissão para acompanhar projetos de interesses de militares, elaboração de um código de ética, carga horária de 40 horas semanais e criação de lei de promoções.
Juntos Somos Fortes!
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