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18/03/2013

PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO TEM 70% DOS ALUNOS COM MAIS DE 40 ANOS


Retirado do site G1.

17/03/2013 18h00
Em Cacoal, RO, Brasil Alfabetizado abre novas vagas para 250 estudantes.
Programa é destinado para adultos com baixa ou nenhuma escolaridade.
Do G1 RO
Adilson recebe incentivo da esposa Maria de Lurdes para dar continuidade nos estudos
(Foto: Magda Oliveira/G1)

Aprender a ler e escrever. Isso é o que muitos alunos que passaram dos 40 anos desejam, em Cacoal (RO).  As aulas de alfabetização de um programa do governo federal estão ajudando adultos acima dos 18 anos que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola ainda durante a infância. Apenas em 2013, 250 novos estudantes estão tendo a chance de mudar o roteiro da vida, entrando em uma sala de aula pela primeira vez. Cerca de 70% das pessoas matriculadas no programa têm mais de 40 anos.

Adilson Miranda é circuleiro e foi à escola pela primeira vez há poucos meses, aos 48 anos. Antes disso, ele não sabia nem mesmo assinar o próprio nome. “Eu me sentia um cego. Olhava para as letras, mas não compreendia”, afirma.

Eu me sentia um cego. Olhava para as letras, mas não compreendia"
Adilson Miranda, circuleiro



Miranda trabalhou no Rio de Janeiro e lembra a época em que mais sofreu por se analfabeto. “Cheguei a uma cidade que não conhecia nada. Para ir a qualquer lugar precisava de ônibus, mas não sabia qual pegar. Dependia dos outros para tudo, e só conseguia ‘sair do lugar’,quando alguém me dava informações”, lembra, desolado.

E o incentivo vem da esposa Maria de Lurdes Silva, de 47 anos. “Eu não quero que ele [Adilson] pare de estudar nunca mais. Quando ouvi o Adilson lendo pela primeira vez, fiquei muito emocionada. É impressionante ver a evolução dele. Como eu tenho um pouco mais de estudo, sempre que posso o ajudo nas lições”, conta Maria de Lurdes.

Joseni Babilon mostra dedicação aos estudos (Foto: Magda Oliveira/G1)

Para a dona de casa Joseni Babilon, de 64 anos, a dedicação aos estudos garantiu a alfabetização aos 61 anos. Com a grafia bonita, Joseni conta que recebe elogios.  “Eu só sabia escrever meu nome e aprendi isso sozinha. Agora com 64 anos já sei ler e escrever. O ‘moço’ do Brasil Alfabetizado elogiou minha letra, mas eu sou muito dedicada mesmo. Sempre termino as tarefas primeiro que os outros da turma”, conta a dona de casa.

Programa Brasil Alfabetizado
Segundo o coordenador do programa em Cacoal, Manoel Messias, o Brasil Alfabetizado funciona no município há cinco anos. Para 2013, 26 novas turmas devem ser abertas para mais de 250 alunos. A previsão é de que as aulas, com duração de oito meses, comecem em abril.

Um censo realizado em 2011 no município apontou que 654 pessoas nunca haviam frequentado a sala de aula; outras 478 sabiam apenas escrever o nome. Os que não liam ou não escreviam representavam 180 estudantes. De acordo com Messias, mais de 2,7 mil pessoas com baixa ou nenhuma escolaridade, e acima dos 18 anos, foram atendidas pelo programa.

Em 2012 não houve censo devido à baixa disponibilidade de profissionais, segundo o coordenador do programa.

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