Um pouco mais da metade (50,8%) dos chefes de família no Brasil não tem instrução ou possui somente o ensino fundamental incompleto. O dado faz parte do Censo Demográfico 2010, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de 50,8% é equivalente a 45.982.185 pessoas. Houve uma melhora geral do nível de escolaridade deste público em relação ao Censo de 2000. Nesta ocasião, o índice de chefes de família sem instrução era de 66,1%.
Apenas 10% dos chefes de família possuem ensino superior; 23,4% têm ensino médio e superior incompleto; e 15,5% têm ensino fundamental completo ou médio incompleto.
O grau de instrução dos chefes de família | ||
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2000 | 2010 | |
Sem instrução e fundamental incompleto | 66,1% | 50,8% |
Fundamental completo e médio incompleto | 12,9% | 15,5% |
Ensino médio e superior incompleto | 14,7% | 23,4% |
Superior | 6,3% | 10% |
Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2000 e 2010 |
Perfil dos chefes
Entre os responsáveis por suas famílias, 56,8% estava incluída na faixa etária entre 30 e 54 anos. Na distribuição por cor, 48,6% das pessoas se declararam de cor branca; 41% de cor parda e 8,9% de cor preta.
Entre os responsáveis por suas famílias, 56,8% estava incluída na faixa etária entre 30 e 54 anos. Na distribuição por cor, 48,6% das pessoas se declararam de cor branca; 41% de cor parda e 8,9% de cor preta.
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Nesses dez anos, houve um aumento de famílias tendo a mulher como responsável (de 22,2% para 37,3%), inclusive em presença de cônjuge (de 19,5% para 46,4%), contra o decréscimo de 77,8% para 62,7% no caso de homem responsável. Também houve queda no percentual de homens responsáveis em domicílios com presença de cônjuge, de 95,3% para 92,2%.
Segundo o IBGE, os motivos podem ser creditados a uma mudança de valores relativas ao papel da mulher na sociedade e a fatores como o ingresso maciço no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade em nível superior, combinados com a redução da fecundidade.
Instrução x filhos
Entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, a taxa de fecundidade chega a 3,00 filhos por mulher, enquanto que, entre as mulheres com ensino superior completo, a taxa é de 1,14 filho. A maior taxa de fecundidade no grupo de mulheres sem instrução e fundamental incompleto foi observada na região Norte (3,67); a menor taxa para as mulheres com ensino superior completo foi observada no Sudeste (1,10).
Entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, a taxa de fecundidade chega a 3,00 filhos por mulher, enquanto que, entre as mulheres com ensino superior completo, a taxa é de 1,14 filho. A maior taxa de fecundidade no grupo de mulheres sem instrução e fundamental incompleto foi observada na região Norte (3,67); a menor taxa para as mulheres com ensino superior completo foi observada no Sudeste (1,10).
O censo mostra que quanto mais alto o nível de instrução da mulher, mais tardio se torna o padrão etário da fecundidade. Das mulheres sem instrução e com ensino fundamental completo, a maior contribuição da fecundidade vem do grupo de mulheres com idades entre 20 e 24 anos. O grupo de médio completo e superior incompleto mostra um comportamento do padrão da fecundidade mais dilatado, com concentração no grupo de 25 a 29 anos, enquanto no grupo de mulheres com ensino superior completo a maior contribuição da fecundidade vem daquelas com idades entre 30 e 34 anos, que concentram 1/3 da sua fecundidade total neste grupo.
As mulheres com ensino superior completo têm seus filhos, em média, 5,5 anos depois do que as sem instrução e com ensino fundamental incompleto, 30,9 contra 25,4 anos.
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