28/02/12
07:00
Piso
nacional de professor vai para R$ 1.451, mas valor não traz mudanças para
magistério do Rio
Professores municipais do Rio já ganham acima do piso
nacional Foto: André Teixeira / Agência O Globo
Djalma
Oliveira
O
Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta segunda-feira, que o piso salarial
nacional dos professores será reajustado em 22,22%. Com isso, a remuneração
mínima para os docentes da área pública que atuam na educação básica e têm
jornada de 40 horas semanais passará a ser de R$ 1.451. A aplicação será
retroativa para 1º de janeiro deste ano. Na rede estadual de ensino e nas
escolas da Prefeitura do Rio, no entanto, o efeito será praticamente nulo.
Isso
se deve ao fato de que as duas esferas já pagam valores acima do novo piso,
tanto para quem trabalha 40 horas quanto para quem tem cargas horárias menores,
em alguns casos, dentro da proporcionalidade entre salário e jornada.
No
município do Rio, por exemplo, o menor salário para docentes de 40 horas é de
R$ 2.051,72. No governo do estado, o vencimento mínimo pago é de R$ 1.672,21
para professores com a mesma jornada, segundo as secretarias de Educação.
Ainda
de acordo com o governo, o vencimento salarial inicial dos professores da rede
estadual fluminense é de R$ 877,91, para uma jornada de 16 horas semanais, o
que equivale a R$ 13,71 por hora-aula. No nível máximo do plano de carreira da
categoria, sem considerar o adicional de qualificação e os triênios
(gratificações por tempo de serviço), o piso vai para R$ 1.732. Os professores
do estado vão receber, no salário relativo a julho deste ano, mais uma parcela
da incorporação da gratificação do programa Nova Escola.
União
pode complementar valores
A
aplicação do piso é obrigatória para todos os estados e municípios de acordo
com a Lei 11.738, de 16 de junho de 2008. Os governos podem alegar que não têm
verbas para o pagamento do valor e, com isso, pedir recursos ao governo federal
para complementar a folha de pagamento do magistério.
Desde
2008, no entanto, quando a lei entrou em vigor, nenhum estado ou município
recebeu os recursos porque, segundo o Ministério da Educação, não conseguiu
comprovar a falta de dinheiro em caixa para esse fim.
Segundo
o MEC, a correção reflete a variação do valor anual mínimo que o governo paga
por aluno e que é determinado nacionalmente no Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O mínimo no ano passado
foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024. A lei do piso dos professores prevê a
correção anual.
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