Retirado do jornal O Dia.
POR MARCELLO VICTOR
Rio - Cerca de 60 líderes grevistas dos servidores estaduais de Educação passaram a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira acampados em 15 barracas, na porta do prédio da secretaria, na Rua da Ajuda, no Centro. À tarde, houve tentativa de invasão ao prédio do órgão e confronto com a PM. A categoria foi recebida por representantes do governo, mas não houve acordo entre as partes.
Os professores prometem promover durante o dia aulas públicas à população, panfletagem e um arraiá para criticar o governo. A categoria está em greve há 37 dias e reivindica 26% de aumento a professores e funcionários administrativos.
"Não aceitaremos zero de reajuste como nos dois últimos anos. A greve para ser suspensa depende do governador", decretou Vera Nepomuceno, uma das coordenadoras do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe/RJ).
Nesta quarta-feira, a categoria pretende sensibilizar e ter o apoio da população. Eles realizarão uma panfletagem no Centro. Aulas públicas com temas como ética, coronelismo e direitos e deveres serão ministradas ao ar livre. À tarde está prevista a realização da paródia de um arraial junino com direito a fogueira e casamento, com objetivo de ironizar o governo e mostrar uma nova interpretação da situação vivida pela categoria.
Uma nova rodada de negociação está marcada para quinta-feira com representates do governo para discutir o impasse. Até lá, professores e funcionários administrativos permanecerão acampados na Rua da Ajuda. Uma assembléia geral da categoria está marcada para às 14h, no Club Municipal, na Tijuca.
Ainda segundo Vera Nepomuceno, a evasão na Educação no Estado do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos foi de três mil profissionais. Segundo ela, motivos de doença e de abandono pelos baixos salários são os principaiscausas. Segundo o Sepe/RJ, professores com nível superior tem piso de R$ 765,66 e os demais E$ 680. Funcionários administrativos recebem R$ 433, mais gratificação de R$ 100.
O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, e o secretário de Estado de Planejamento, Sérgio Ruy, receberam seis representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) no fim da tarde de terça-feira. Mais cedo, um grupo de, aproximadamente, 500 servidores invadiu o prédio administrativo do Governo, onde fica a Secretaria de Educação e acabou retirado pelo Batalhão de Choque.
Participaram do encontro subsecretário de Gestão do Ensino, Antônio Neto, o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker, o subsecretário Executivo, Amaury Perlingeiro, entre outros representantes da Seeduc, além dos deputados Marcelo Freixo, Janira Rocha e Robson Leite.
Durante toda da reunião, pouco mais de 50 servidores esperavam pelo andamento da negociação, no 5º andar da Secretaria, enquanto outros 500 fazem vígilia na porta do prédio. A categoria exige além do reajuste de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola; e descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos. A paralisação dos servidores começou no dia 7 de junho.
Secretaria divulgou investimentos
A Secretaria de Educação ressaltou, em nota divulgada na última quinta-feira, que em 2011 mais de R$ 1,2 bilhão serão investidos no setor. Segundo a nota, a verba será distribuída por diversos segmentos, entre eles a melhoria salarial dos professores e servidores, passando pela concessão do auxílio-transporte, pagamento de processos pendentes há mais de uma década, qualificação e formação para os docentes e obras em unidades escolares.
A nota informa, ainda, que o impacto estimado no valor do vencimento-base, de junho para julho, será de aproximadamente 9,2%. O salário base do docente de 16 horas semanais, por exemplo, passará de R$ 765,66 (junho/11) para R$ 836,10 (julho/11). Essas medidas beneficiarão cerca de 167 mil servidores da Educação, entre ativos, inativos e pensionistas; e representarão um esforço orçamentário de R$ 711 milhões em 2011.
Tumulto antes da reunião
Na tarde de terça-feira, professores da rede estadual de ensino invadiram o prédio da Secretaria Estadual de Educação. Antes, o grupo estava concentrado na Alerj onde fez um protesto. Por causa do protesto, o trânsito ficou lento no local. A PM, que acompanhava a movimentação do grupo, tentou impedir a entrada dos professores e um tumulto de formou. Policiais usaram spay de pimenta para dispersar a multidão.
Professores passaram a noite acampados em 15 barracas, na porta do prédio da secretaria | Foto: Oswaldo Praddo/Agência O Dia
Os professores prometem promover durante o dia aulas públicas à população, panfletagem e um arraiá para criticar o governo. A categoria está em greve há 37 dias e reivindica 26% de aumento a professores e funcionários administrativos.
"Não aceitaremos zero de reajuste como nos dois últimos anos. A greve para ser suspensa depende do governador", decretou Vera Nepomuceno, uma das coordenadoras do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe/RJ).
Grupo invadiu a Secretaria na tarde desta terça-feira | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Nesta quarta-feira, a categoria pretende sensibilizar e ter o apoio da população. Eles realizarão uma panfletagem no Centro. Aulas públicas com temas como ética, coronelismo e direitos e deveres serão ministradas ao ar livre. À tarde está prevista a realização da paródia de um arraial junino com direito a fogueira e casamento, com objetivo de ironizar o governo e mostrar uma nova interpretação da situação vivida pela categoria.
Uma nova rodada de negociação está marcada para quinta-feira com representates do governo para discutir o impasse. Até lá, professores e funcionários administrativos permanecerão acampados na Rua da Ajuda. Uma assembléia geral da categoria está marcada para às 14h, no Club Municipal, na Tijuca.
Ainda segundo Vera Nepomuceno, a evasão na Educação no Estado do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos foi de três mil profissionais. Segundo ela, motivos de doença e de abandono pelos baixos salários são os principaiscausas. Segundo o Sepe/RJ, professores com nível superior tem piso de R$ 765,66 e os demais E$ 680. Funcionários administrativos recebem R$ 433, mais gratificação de R$ 100.
O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, e o secretário de Estado de Planejamento, Sérgio Ruy, receberam seis representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) no fim da tarde de terça-feira. Mais cedo, um grupo de, aproximadamente, 500 servidores invadiu o prédio administrativo do Governo, onde fica a Secretaria de Educação e acabou retirado pelo Batalhão de Choque.
Participaram do encontro subsecretário de Gestão do Ensino, Antônio Neto, o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker, o subsecretário Executivo, Amaury Perlingeiro, entre outros representantes da Seeduc, além dos deputados Marcelo Freixo, Janira Rocha e Robson Leite.
Durante toda da reunião, pouco mais de 50 servidores esperavam pelo andamento da negociação, no 5º andar da Secretaria, enquanto outros 500 fazem vígilia na porta do prédio. A categoria exige além do reajuste de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola; e descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos. A paralisação dos servidores começou no dia 7 de junho.
Secretaria divulgou investimentos
A Secretaria de Educação ressaltou, em nota divulgada na última quinta-feira, que em 2011 mais de R$ 1,2 bilhão serão investidos no setor. Segundo a nota, a verba será distribuída por diversos segmentos, entre eles a melhoria salarial dos professores e servidores, passando pela concessão do auxílio-transporte, pagamento de processos pendentes há mais de uma década, qualificação e formação para os docentes e obras em unidades escolares.
A nota informa, ainda, que o impacto estimado no valor do vencimento-base, de junho para julho, será de aproximadamente 9,2%. O salário base do docente de 16 horas semanais, por exemplo, passará de R$ 765,66 (junho/11) para R$ 836,10 (julho/11). Essas medidas beneficiarão cerca de 167 mil servidores da Educação, entre ativos, inativos e pensionistas; e representarão um esforço orçamentário de R$ 711 milhões em 2011.
Tumulto antes da reunião
Na tarde de terça-feira, professores da rede estadual de ensino invadiram o prédio da Secretaria Estadual de Educação. Antes, o grupo estava concentrado na Alerj onde fez um protesto. Por causa do protesto, o trânsito ficou lento no local. A PM, que acompanhava a movimentação do grupo, tentou impedir a entrada dos professores e um tumulto de formou. Policiais usaram spay de pimenta para dispersar a multidão.
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