Retirado do site do SEPE.
O autor desse blog votou pela greve.
08/05/2013
Terminou há pouco a assembleia dos profissionais das escolas estaduais no Clube Hebraica, no Bairro de Laranjeiras (foto). A categoria decidiu não entrar em greve a partir de hoje (8). Com isso, as escolas estaduais, que estão realizando uma paralisação de 24 horas nessa quarta-feira (8), retornam ao trabalho normalmente amanhã, dia 9. Os profissionais de educação continuam em estado de greve.
A categoria decidiu, também, paralisar novamente as atividades no dia da votação na Assembleia Legislativa do projeto de lei do governador Sergio Cabral, que propõe um reajuste salarial de 7% para a educação. O projeto será votado agora em maio e o Sepe orienta a categoria que fique atenta à convocação do sindicato para o dia da votação - a data da próxima assembleia também será divulgada em breve aqui no nosso site.
A categoria não aceita o reajuste de 7% proposto por Cabral. Este índice não recompõe as perdas salariais dos últimos anos e está muito abaixo do que os profissionais de educação reivindicam: piso salarial de cinco salários mínimos para o professor e 3,5 salários mínimos para os funcionários.
Apenas nos mandatos de Cabral, iniciado em 2007, as perdas da educação ficaram acima de 20%, usando o IPCA como índice. Outro problema é que o piso salarial do professor é muito baixo: R$ 1.001,82 (cargo: professor docente 1 de 16 horas). Com este salário inicial, um reajuste de 7% será irrisório.
O salário atual com o reajuste proposto pelo governo não atrairá novos professores para trabalhar na rede, como também pouco ajudará a manter nas escolas os profissionais atuais. A pesquisa feita pelo Sepe no Diário Oficial do estado confirma que, de janeiro a abril, 308 professores pediram exoneração – média de duas exonerações por dia. Os baixos salários e as más condições de trabalho são as causadoras dessa verdadeira sangria na rede estadual, que não é reposta pela Secretaria de Estado de Educação.
Retirado do site do jornal O Dia.
8.05.2013 às 23h50
Coluna do Servidor: Números contraditórios
POR DANIEL CARMONA
Rio - A queda de braço travada entre o governo e o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) teve um novo episódio de enredo repetido ontem. No dia de paralisação organizado pela categoria, a Secretaria de Educação (Seeduc) logo cedo afirmou que “apenas” 211 professores de um total de 74 mil participavam do protesto. “Houve cerca de 150 e 200 pessoas, ou seja, os mesmos sindicalistas, os quais, muitos nem professores são”, resumiu a Seeduc, sobre o quarto protesto em 2013, ao longo do dia.
Do outro lado, o Sepe esbravejou. “Só o livro de presença da assembleia teve mais de 500 assinaturas”, disse Alex Trentino, diretor sindical, que ainda completou: “A diferença simboliza bem a dificuldade que temos tido para dialogar”.
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