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Alunos e professores do Liceu Nilo Peçanha, realizaram manifestação na Avenida Amaral Peixoto para cobrar melhores condições estruturais, de trabalho e também de higiene na unidade de ensino. Foto: Débora Nunes
Munidos de cartazes e com apoio de um carro de som, estudantes fizeram protesto. Foto: Débora Nunes
Após protesto em Niterói, verba do Liceu Nilo Peçanha vai dobrar
Reivindicações de alunos e professores da unidade de ensino serão atendidas. Segundo denúncias, problemas vão desde focos de dengue a péssimas condições de estudo
Pais, alunos e professores do Liceu Nilo Peçanha realizaram uma passeata na manhã da última quarta-feira, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro, com o objetivo de reivindicar melhorias para a instituição e melhores condições de trabalho. A manifestação contou com mais de 150 pessoas e seguiu até a altura da Rua Visconde de Sepetiba. Munidos de cartazes e um carro de som, estudantes e professores se revezavam nas reivindicações.
A mobilização começou por volta das 8h. Alunos que chegavam para realizar uma prova eram surpreendidos com a suspensão da mesma, uma vez que os professores se engajavam na organização da manifestação. Segundo os alunos, a direção da escola chegou a impedir a saída dos estudantes que já estavam na unidade, que queriam se juntar aos presentes no manifesto.
“Quem entra, não pode sair. Eles estão proibindo os alunos de saírem. Acho que é para não ter mais gente na rua”, disse uma estudante do 1º ano, enquanto segurava um cartaz com reivindicação sobre melhores condições de higiene na unidade.
O professor de Química e ex-aluno do Liceu Nilo Peçanha, Paulo Eduardo, listou os problemas existentes, que vão desde focos de dengue, até péssimas condições de estudos e trabalho.
“É impressionante o abandono que a escola se encontra hoje. Não existe conversa com a atual administração. Estamos com diversos problemas aqui e é preciso dar condições aos alunos e professores. O Liceu é uma escola de tradição e eu estudei aqui. Não é possível que se mantenha dessa forma”, desabafou o professor.
Já o professor de Sociologia, Fábio Antônio dos Santos, disse que é preciso dar um basta na situação. “Faltam funcionários, fecharam a cantina, a direção é desorganizada e não foi eleita pela comunidade escolar, além dos banheiros serem imundos. A pergunta que eu faço é: Até quando?”.
Solução – A Secretaria de Estado de Educação esclarece que já está tomando todas as providências necessárias para garantir o conforto dos alunos do Liceu Nilo Peçanha, que é tombado pelo Patrimônio Histórico. Entre as medidas adotadas, estão o aumento no valor da verba de manutenção, que dobrou de R$ 10.800 para R$ 21.600, podendo ser utilizada para a aquisição de materiais e também pequenos reparos; poda de árvores; compra de bebedouros; vistoria da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) e inclusão da unidade escolar no Programa Preservando 2013. Já houve ainda autorização para a compra de ventiladores para todas as salas de aula, e a empresa responsável pela limpeza está trabalhando normalmente. Não faltam profissionais.
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