Retirado do blog do SEPE Regional 7.
MAR 13 2013
A notícia de que uma escola estaria jogando livros de cima de seu prédio, não assusta muito a quem conhece bem nossa realidade. No que pese a veracidade ou não da notícia o fato é que Paes tem jogado muito dinheiro para fora dos cofres da prefeitura. E entulhado nossos prédios com materiais descartáveis. Ao mesmo tempo que recebemos livros do governo federal, que vão se acumulando pela falta de tempo em utilizá-los, a prefeitura gasta dinheiro público com apostilas e materiais descartáveis.
Uma enxurrada de livros ocupando estantes, pelos corredores da escola. Livros do projeto do governo federal que não podem ser usados. “Não dá tempo de usar os livros” diz uma professora da rede municipal. “Temos que utilizar as apostilas, pois as provas são todas baseadas nelas”- Completa.
Outra professora de História da rede municipal critica as apostilas, “O que está havendo é um crime. O material da minha área é tão descaradamente copiado que dá para identificar de qual coleção. As apostilas nada mais são do que cópias resumidas, e ruins, dos livros didáticos. Ora, se é para adotar apostila, porque a SME não sai do PNLD – programa nacional do livro didático? Enfatiza a profissional.”
A realidade é que uma indústria educacional está sendo alimentada por nossos governos. Para alimentá-la com verbas pública vale tudo. Retira-se a autonomia do professor, materiais inutilizáveis são amontoados em nossas escolas e quando alguma coisa vem a público a resposta da secretária-empresária é sempre a mesma “ vamos abrir uma sindicância para apurar os fatos”, uma frase que tem como objetivo eximi-la de toda a responsabilidade.
Fica a pergunta: De quem é a culpa do desperdício de dinheiro público com apostilas, bancos imobiliários, materiais que servem apenas para promover uma prefeitura que não tem o menor escrúpulo em jogar nossa educação no lixo?
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