Retirado do site do jornal Estado de SP.
Apesar de concordarem com a necessidade da adoção de ações afirmativas, estudantes, professores e representantes de movimentos sociais criticam o Pimesp14 de março de 2013 | 10h 32
Agência BrasilOs reitores das três universidades paulistas estiveram na noite desta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) para apresentar, em audiência pública, os projetos que estão sendo desenvolvidos nessas instituições para inclusão de alunos negros e de escolas públicas. Apesar de concordarem com a necessidade da adoção de ações afirmativas, estudantes, professores e representantes de movimentos sociais criticaram o formato do programa apresentado, com gritos de protesto e cartazes.
A partir de 2014, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de Campinas (Unicamp) deverão adotar o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público (Pimesp). A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) e as faculdades de Medicina de Marília e de Rio Preto também devem aderir ao programa.
O Pimesp prevê que, até 2016, 50% das matrículas em cada curso sejam destinadas aos alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas – 35% desse total devem ser pretos, pardos ou indígenas. Até 40% desses estudantes devem ingressar a partir do Instituto Comunitário de Ensino Superior (Ices), que vai oferecer cursos preparatórios com duração de dois anos. Esses cursos garantem o diploma universitário e o ingresso automático nas universidades públicas estaduais, desde que o aluno tenha aproveitamento mínimo de 70%.
Atualmente apenas 7% dos alunos da USP são pretos, pardos ou índios e egressos de escolas públicas. Na Unesp, o índice é 10% e na Unicamp, 9%. Na Faculdade de Medicina de Marília não há nenhum estudante que preencha os dois requisitos simultaneamente.
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