Retirado do site do jornal O Globo.
Medida é uma tentativa de evitar que a unidade seja demolida
LUIZ ERNESTO MAGALHÃES - 19/12/12 - 23h32
A Escola municipal Friedenreich possui a quarta melhor classificação da cidade do Rio e a sétima do estado Mônica Imbuzeiro / O Globo
RIO - O prefeito Eduardo Paes antecipou na quarta-feira que pretende vetar a proposta de tombamento da Escola Municipal Friedenreich, no complexo esportivo do Maracanã, caso ela seja aprovada pela Câmara dos Vereadores. A prefeitura negocia com o estado a transferência do colégio para um antigo terreno do Exército em São Cristóvão. O estado arcaria com a mudança. O que ainda não está claro é se a transferência seria ou não definitiva ou se valeria apenas durante as Olimpíadas de 2016.
— O que faz uma escola não é um prédio, mas a dedicação de professores e alunos — argumentou o prefeito.
A Escola Friedenreich é considerada uma das melhores da rede pública . Segundo a avaliação do Ideb, ela é a quarta melhor do estado.
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O destino de alunos e professores pode ser selado nesta quinta-feira. Com ajuda de parte da bancada governista, a oposição na Câmara dos Vereadores tenta aprovar o projeto que tomba o colégio. A medida é uma tentativa de evitar que a unidade seja demolida e os alunos transferidos, por conta das obras de adaptação do Maracanãzinho para os Jogos Olímpicos de 2016. Na área ocupada pela escola, está prevista a construção de duas quadras de aquecimento para as seleções de vôlei.
A construção das quadras faz parte de uma série de investimentos de responsabilidade da empresa que vencer a concorrência do governo do estado para administrar o complexo esportivo do Maracanã. A Secretaria estadual da Casa Civil prometera que o edital de concessão seria divulgado este mês. Mas na quarta-feira o Palácio Guanabara informou que as regras só serão divulgadas em janeiro. As razões para o adiamento não foram reveladas.
A minuta do edital apresentada em novembro previa que o concessionário investisse R$ 469,4 milhões no complexo até os Jogos de 2016. Nessa conta, estavam incluídas, por exemplo, a demolição e reconstrução em São Cristóvão do Parque Aquático Júlio Delamare e do ginásio Célio de Barros, bem como a derrubada do antigo Museu do Índio. O consórcio também seria responsável por implantar um museu do futebol, além de infraestrutura de bares e restaurantes,
O prazo de concessão previsto era de 35 anos e o valor da outorga anual, R$ 7 milhões, quitados em 33 parcelas anuais. Ou seja: o estado deve receber R$ 245 milhões em 35 anos ou 28,9% do total investido, se a concessão for pelo valor mínimo (R$ 860 milhões).
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O projeto de lei tombando a escola foi aprovado em primeira discussão na última terça-feira, numa sessão extraordinária. Na mesma sessão, faltou quórum para discutir se o antigo prédio do Museu do Índio, que pode ou não ser demolido para a Copa do Mundo, deveria ser tombado também.
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