VAMOS DENUNCIAR.
O Sindicato do Professores do Rio de Janeiro (Sepe) realizou uma reunião na manhã desta segunda-feira na escola Frei Gaspar, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio, após denúncias de desabamento de parte da construção. O sindicato recebeu outras denúncias com o mesmo teor em outras escolas da prefeitura e irá entrar com uma representação no Ministério Público (MP) para apurar a responsabilidade da qualidade da construção.
- Vídeo: as rachaduras na escola
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estiveram na escola da Zona Oeste e interditaram o prédio, que atende cerca de mil alunos, do infantil ao nono ano. A diretora do Sepe-RJ Suzana Guterrez aoSRZD.com que a escola está interditada desde o dia 16 de fevereiro por apresentar problemas estruturais e risco de desabamento. "É uma escola nova, construída em 2008. Os pais estão assustados. Agora temos que esperar o laudo".
A escola municipal Noel Rosa, na Zona Norte da cidade, também apresenta rachaduras e deslocamento de pastilhas. A também diretora do Sepe e professora da escola com rachaduras, Edna Felix, disse que as rachaduras na escola em que trabalha são maiores que as de Vargem Grande. "A minha preocupação é que os engenheiros da Prefeitura que vistoriaram a Frei Gaspar e disseram que não havia risco, agora interditaram a mesma escola", levanta.
O Sepe informou que no local onde funcionava a secretaria da escola Frei Gaspar, o metal da janela está entortando e as divisórias apresentaram empeno. "Além disso as pastilhas que revestem as paredes externas e as do refeitório estão se soltando", disse nota do Sepe.
A vistoria se deu início após uma denúncia de professores e funcionários, onde foi constatada que a escola apresentava rachaduras nos andares superiores há algum tempo. Interditada em função do risco de desabamento, a escola Frei Gaspar foi inaugurada em 2008. Após outra denúncia, uma equipe do Sepe também visitou a Escola Noel Rosa, inaugurada em 2006 que, de acordo com a entidade, apresenta muitas rachaduras.
"A escola Noel Rosa, que tem em comum com a unidade de Vargem Grande, é ter sido construída com o mesmo modelo de escola padrão, além de apresentar muitas rachaduras e também ter descolamento de pastilhas na parte exterior", disse o sindicato, informando que já comunicou o caso a 2ª CRE, que prometeu enviar uma equipe de técnicos também.
Sindicato abre representação no MP pedindo vistorias em outras escolasO Sepe afirmou ainda que irá cobrar da Prefeitura a fiscalização e segurança dos dois prédios, além de entrar com representação no MP exigindo vistoria e laudos técnicos da situação destas e de outras escolas padrão, construídas pela empresa SaneRio Engenharia.
"Em tão pouco tempo se deterioram a ponto de rachar, descolar revestimentos e até apresentar risco de desabamento", comunicou o sindicato, dizendo que vai acompanhar a apuração tanto da responsabilidade quanto da qualidade das construções.
A reportagem do SRZD.com entrou em contato com a Prefeitura do Rio, e até o momento da publicação da matéria a assessoria de imprensa do município não retornou com o posicionamento. A empresa SaneRio, que de acordo com o Sepe foi contratada pela Prefeitura para executar a obras nas escolas padrão, foi procurada, mas não se pronunciou até o momento com relação a interdição do prédio.
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