Decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta segunda (1º).
Professores da rede estadual do RJ terão reajuste de 3,5% em setembro.
Os professores da rede municipal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (1º). De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Niterói (Sepe-Niterói), a decisão foi tomada em assembleia realizada nesta manhã.
Ainda segundo o Sepe, depois da decisão, representantes dos professores saíram em passeata pelas ruas do Centro de Niterói até a prefeitura, e devem ser recebidos na tarde desta segunda pela secretária de Educação de Niterói, Maria Inês Azevedo de Oliveira, para uma reunião em que vão apresentar as reivindicações da categoria. "Reivindicamos o pagamento de 16,30% restantes do total de 30% da reposição das perdas salariais, reposição salarial, plano de carreira e redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, entre outras reivindicações", explicou a coordenadora do Sepe-Niterói, Renata Corrêa.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Niterói não se pronunciou sobre o assunto até a publicação da reportagem.
Professores da rede estadual terão reajuste de 3,5%
Após quase dois meses de greve, os professores do estado do Rio de Janeiro terão um reajuste de 3,5% a partir de setembro - valor distante dos 26% que a classe reivindicava. A medida é uma das que foram apresentadas pelo secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, que afirmou ainda que a partir desta segunda-feira (1º) quem permanecer em greve será descontado no salário.
“Quem faltar, terá seu ponto cortado. E temos ações para substituí-los”, disse ele.
Nova Escola
Também faz parte do projeto de lei que será apresentado nesta tarde à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreia (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.
Wilson Risolia explicou que somando a antecipação do Nova Escola com o novo reajuste (que será feito em cima do salário já com a gratificação incorporada) o aumento real será de 13,02%. Os inativos estão incluídos nas novas medidas.
O reajuste anunciado significa um aumento de R$ 99,70 no salário base do profissional com 16 horas semanais, que passará de R$ 765,66 para R$ 865,36.
Além disso, o secretário disse que, dentro de 15 dias, 4.441 novos professores chegarão à rede estadual para suprir as atuais carências nas escolas.
Mais de 20 barracas seguem montadas na Rua da Ajuda nesta segunda-feira (1º). O grupo, que segue no local há vinte dias, classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.
"Acho muito legal ele (secretário) ter se mexido e dado um passo, mas isso é um deboche", definiu Roberto Simões, professor de educação física do Colégio estadual João Alfredo, em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Com 27 anos na escola, o salário atual dele é de R$ 1.204,78. Alunos também protestam no local.
Segundo a categoria, a greve vai continuar apesar do anúncio do corte do ponto. "A gente não pode andar pra trás, vamos continuar a greve", disse a professora de matemática Fabiana Gonzaga, acrescentando que a escola João Alfredo está sem água.
Ao saber do reajuste de 3,5%, a diretora do Sepe-RJ, Maria Oliveira da Penha, professora aposentada, fez duras críticas ao secretário. "Ele não cumpriu uma promessa feita. Com esse reajuste, vai continuar o acampamento até 2014, pode ter certeza".
Greve há quase 2 meses
A categoria paralisou as atividades em sala de aula no dia 7 de junho. O ápice da greve foi no dia 12 de julho, quando um grupo invadiu o prédio da Secretaria de Educação, no Centro da cidade. O tumulto foi contido pelo Batalhão de Choque, que chegou a jogar gás de pimenta para dispersar a multidão.
Do lado de fora do prédio, um grupo decidiu, em protesto, ficar acampado até ser recebido pelo secretário de Educação.
No dia 15 de julho, após uma assembleia do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), os professores decidiram continuar a greve na rede estadual de ensino do Rio.
Ainda segundo o Sepe, depois da decisão, representantes dos professores saíram em passeata pelas ruas do Centro de Niterói até a prefeitura, e devem ser recebidos na tarde desta segunda pela secretária de Educação de Niterói, Maria Inês Azevedo de Oliveira, para uma reunião em que vão apresentar as reivindicações da categoria. "Reivindicamos o pagamento de 16,30% restantes do total de 30% da reposição das perdas salariais, reposição salarial, plano de carreira e redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, entre outras reivindicações", explicou a coordenadora do Sepe-Niterói, Renata Corrêa.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Niterói não se pronunciou sobre o assunto até a publicação da reportagem.
Professores da rede estadual terão reajuste de 3,5%
Após quase dois meses de greve, os professores do estado do Rio de Janeiro terão um reajuste de 3,5% a partir de setembro - valor distante dos 26% que a classe reivindicava. A medida é uma das que foram apresentadas pelo secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, que afirmou ainda que a partir desta segunda-feira (1º) quem permanecer em greve será descontado no salário.
“Quem faltar, terá seu ponto cortado. E temos ações para substituí-los”, disse ele.
Nova Escola
Também faz parte do projeto de lei que será apresentado nesta tarde à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola para os professores da rede; o anúncio de um novo concurso para docentes, com 1.500 vagas em 2011 e 500 vagas em 2012; e também o descongelamento da carreia (aumento da variação entre os níveis de salários dos profissionais) para os servidores técnico-administrativos.
Wilson Risolia explicou que somando a antecipação do Nova Escola com o novo reajuste (que será feito em cima do salário já com a gratificação incorporada) o aumento real será de 13,02%. Os inativos estão incluídos nas novas medidas.
O reajuste anunciado significa um aumento de R$ 99,70 no salário base do profissional com 16 horas semanais, que passará de R$ 765,66 para R$ 865,36.
Além disso, o secretário disse que, dentro de 15 dias, 4.441 novos professores chegarão à rede estadual para suprir as atuais carências nas escolas.
Grevistas classificaram o aumento como "deboche"
(Foto: Carolina Lauriano / G1)
'É um deboche', dizem professores(Foto: Carolina Lauriano / G1)
Mais de 20 barracas seguem montadas na Rua da Ajuda nesta segunda-feira (1º). O grupo, que segue no local há vinte dias, classificou como "deboche" o reajuste apresentado pelo governo.
"Acho muito legal ele (secretário) ter se mexido e dado um passo, mas isso é um deboche", definiu Roberto Simões, professor de educação física do Colégio estadual João Alfredo, em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Com 27 anos na escola, o salário atual dele é de R$ 1.204,78. Alunos também protestam no local.
Segundo a categoria, a greve vai continuar apesar do anúncio do corte do ponto. "A gente não pode andar pra trás, vamos continuar a greve", disse a professora de matemática Fabiana Gonzaga, acrescentando que a escola João Alfredo está sem água.
Ao saber do reajuste de 3,5%, a diretora do Sepe-RJ, Maria Oliveira da Penha, professora aposentada, fez duras críticas ao secretário. "Ele não cumpriu uma promessa feita. Com esse reajuste, vai continuar o acampamento até 2014, pode ter certeza".
Greve há quase 2 meses
A categoria paralisou as atividades em sala de aula no dia 7 de junho. O ápice da greve foi no dia 12 de julho, quando um grupo invadiu o prédio da Secretaria de Educação, no Centro da cidade. O tumulto foi contido pelo Batalhão de Choque, que chegou a jogar gás de pimenta para dispersar a multidão.
Do lado de fora do prédio, um grupo decidiu, em protesto, ficar acampado até ser recebido pelo secretário de Educação.
No dia 15 de julho, após uma assembleia do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), os professores decidiram continuar a greve na rede estadual de ensino do Rio.
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