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27/06/2012

PROPOSTA DE BOICOTE AO SAERJ DIVIDE EDUCADORES


Retirado do site da Folha Dirigida.


Última Atualização - 26/06/2012
Na última semana, os professores deliberaram durante a reunião realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), uma paralisação nos dias 27 e 28 de junho, quando o governo pretende aplicar o Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), uma prova que existe desde de 2008 e que foi criada para analisar o desempenho dos alunos da rede pública do Rio.


A entidade quer, desta maneira, mostrar ao governo sua oposição com relação à política educacional vigente. Segundo os professores, a política é pautada somente numa lógica meritocrática. Por isso, eles criticam a falta de participação dos profissionais da rede na elaboração do Saerj como instrumento de avaliação e também o fato de ele não levar em consideração a realidade das escolas.


O Sepe divulgou um informe orientando os professores a não aplicarem a prova. No caso de mudança nas datas da avaliação por parte da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), o sindicato pretende suspender a paralisação e remarcá-la para a nova data. "O resultado desta e de outras avaliações externas será utilizado para 'premiar' ou 'punir' professores e funcionários de acordo com o resultado das provas, estabelecendo uma lógica de remuneração variável", disse o informe do Sepe.


Para o diretor da Associação Brasileira de Educação (ABE) e membro do CEE/RJ, João Pessoa de Albuquerque, o motivo da reivindicação é válido. No entanto, deveria ser feita de outra forma a não prejudicar os estudantes. "Sou contra tudo o que prejudica a coletividade. Deixar os alunos sem ela trará ônus para eles. Este tipo de movimento faz mal à sociedade, pois no fim a vítima será o aluno. Pelo papel que os educadores têm, eles não deveriam paralisar. É necessário que eles sehabituem a conquistar seus direitos civilizadamente, por meio do diálogo. Boas estratégias são passeatas e as entrevistas aos orgãos de imprensa, que ajudam a formar a opinião pública."


Já o especialista em financiamento na área de Educação, Nicholas Davies, criticou a finalidade do Saerj, tendo como referência as circustâncias vivenciadas na educação pública brasileira. Para ele, não há como avaliar já que as escolas não recebem a assistência necessária que é de responsabilidade do governo. "As escolas não têm a infraestrutura adequada para funcionarem. Algumas nem sequer tem professores em todas as disciplinas. Quando as necessidades básicas da rede de ensino forem
resolvida, aí sim será possível cobrar desempenho, enquanto isso esse instrumento não pode ser considerado o mais adequado", disse.


Davies comentou também que o desempenho dos alunos não pode ser responsabilidade exclusiva da escola. Segundo ele, muitos fatores extra-escolares podem influenciar no levantamento feito pelo Saerj: "Mesmo na rede pública, os alunos possuem condições socioeconômicas diferentes e o ambiente onde o estudante vive também é muito importante. Já se sabe, por intermédio do Ideb que alunos das áreas rurais têm melhor rendimento que os das grandes cidades, por exemplo. Os professores não podem ser, portanto, os únicos punidos. Eles agem corretamente ao lutar por seus direitos".

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