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06/06/2012

EM ASEMBLEIA, UERJ DECIDE ENTRAR EM GREVE A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (11/06)


Retirado do site do jornal O Globo.


Em assembleia, Uerj decide entrar em greve a partir de segunda-feira


Professores querem reajuste imediato de 22% e criação do regime de dedicação exclusiva
LEONARDO CAZES


5/06/12 - 21h10


RIO - Os professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta terça-feira, no campus do Maracanã, com a participação de cerca de 300 profissionais. A direção da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj) já vinha debatendo a possibilidade de paralisação no segundo semestre, mas o movimento foi antecipado após o governo do estado entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que contesta o pagamento de triênios aos servidores estaduais.


Os docentes afirmam que estão há 11 anos sem reposição da inflação e as perdas salariais chegam a 60%. Eles pedem um reajuste imediato de 22% e a criação de um plano de recomposição dos salários. Outra reivindicação diz respeito a implantação do regime de trabalho em dedicação exclusiva. Segundo a Asduerj, a instituição é a única grande universidade do país que ainda não possui a modalidade.


— Já existia uma insatisfação grande entre os professores, porque as duas principais pautas, que são a implantação da dedicação exclusiva e a recomposição salarial, não foram atendidas pelo governo. Ao entrar com a Adin contra os triênios, que estão previstos na Constituição Estadual, esse movimento foi acelerado. O forte apoio dos estudantes nos deu conforto também para parar as atividades agora — afirmou o presidente da Asduerj, Guilherme Mota.


A criação do regime está prevista na Lei estadual 5343/2008, que estabeleceu o atual plano de carreira da Uerj. Em agosto do ano passado, os conselhos superiores da universidade enviaram ao governo o anteprojeto para implantação da dedicação exclusiva. De acordo com o sindicato, o texto está parado na Secretaria estadual de Planejamento e Gestão, que precisa encaminhá-lo para a Assembleia Legislativa (Alerj). A Asduerj também quer a regularização da situação trabalhista dos professores substitutos.

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