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11/08/2011

TERMINA SEM ACORDO MAIS UMA REUNIÃO ENTRE PROFESSORES E GOVERNO DE MINAS

Retirado do site DE FATO.
 
11/08/2011

Terminou sem acordo mais uma reunião entre representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) e Governo de Minas. Nesta quarta-feira (10), as partes se encontraram na sede do Ministério Público, em Belo Horizonte. Após o encontro, os professores reafirmaram que a greve continua pelo menos até a próxima terça-feira (16), quando acontece uma nova assembleia da categoria. Os educadores estão longe das salas de aula há exatos 64 dias.

Na semana que vem, o Governo do Estado se comprometeu a apresentar uma nova proposta de aperfeiçoamento na forma de pagamento dos professores, e ainda levantar o número exato de profissionais da educação que optaram pelo subsídio ou vencimento básico. Nesta quarta-feira, venceu o prazo para que as autoridades divulgassem esse relatório.

Segundo balanço parcial da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SES), cerca de 393 mil cargos tiveram de optar pelas duas formas de pagamento. Desse total, aproximadamente 300 mil escolheram o subsídio e 85 mil optaram pelo modelo de vencimento básico. O balanço total será divulgado na próxima terça-feira.

Manifestação
 

Na noite desta quarta-feira, dezenas de estudantes resolveram protestar contra a greve dos professores na região Central de Belo Horizonte. De acordo com as primeiras informações divulgadas pela BHTrans, cerca de 150 alunos da rede estadual ocupam a Praça Sete como forma de pressionar o Governo de Minas. Eles pedem que o Estado apresente uma contra-proposta o mais rápido possível e invista mais em educação.
Ainda segundo a BHTrans, o trânsito no entorno da região central já apresenta lentidão em vários pontos. Portanto, motoristas que puderem devem evitar a região.

Reivindicação
 

A principal reivindicação dos professores é o reajuste para atingir o piso salarial nacional de R$ 1.597 para uma jornada de 40 horas semanais. Atualmente, o piso é de R$ 369 para 24 horas por semana.

O impasse permanece entre a categoria e a Secretaria de Estado da Educação (SEE). O órgão afirma que o piso praticado é de R$ 1.187 para 40 horas semanais. No regime salarial de subsídio, em vigor atualmente, os professores recebem R$ 1.122 para de 24 horas semanais. A SEE entende o valor como sendo superior ao piso nacional, já que a carga horária é menor.



De acordo com a secretaria, a paralisação atinge 18% das 3.777 escolas públicas estaduais: 2% estão totalmente paradas e outros 16% em paralisação parcial. Para o Sind-UTE/MG, a adesão é maior e atinge 50% das escolas, sendo que a adesão no interior do Estado vem crescendo.

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