Para relembrar o caso cliquem aqui.
Prestem atenção como os repórteres ficam tentando melhorar a justificativa da Costin.
Retirado do blog da Dyeiterer.
O relato abaixo mostra que alguns erros apontados pela grande mídia na verdade são informações corretas. Errado é a não revisão do jornalista preguiçoso.
Milão, Capital do Império Romano
Dyvagação de Dy Eiterer às 18:41
Abro minha página no Facebook hoje e encontro uma série de pessoas espantadas com a afirmação de que a sede do Império Romano do Ocidente foi Milão.
Qual o problema? Todos! Menos com relação ao conteúdo, com a veracidade da informação.
As pessoas criticaram as autoridades educacionais, o descaso do governo (do Rio de Janeiro, que usa a apostila). Cheguei a ver críticas a professores, o que me ofendeu profundamente a ponto de fazer-me escrever esse texto, desabafo de quem tenta, todos os dias, melhorar a qualidade da educação desse país.
Nós, professores de História, sabemos bem que, em 395, com a morte de Teodósio, o Império Romano que não estava bem, mais uma vez foi dividido e que as capitais eram Constantinopla, no Império Romano do Oriente e que, no Ocidente, a sede era em Milão.
Alguém me ajuda a encontrar o equívoco?
O equívoco está no senso crítico das pessoas, que acomodadas não checam o que está escrito por aí. E que preferem posar de intelectualóides e logo se mostrar contra a blasfêmia dita no artigo.
O problema está nas cabeças ocas que se deixam levar pelas notícias mal escritas que são diariamente divulgadas por aí, em jornais que cada vez mais pedem a sua credibilidade frente àquelas pessoas que tem o bom hábito de questionar e debater e buscar outras fontes de informação.
O erro está em admitir que um profissional (?) de comunicação venha tornar público um artigo no qual invalida uma informação sem sequer verifica-la.
Aos senhores responsáveis pelo jornal “O Globo” fica aqui toda a minha indignação e reprovação. Se não conseguem ter profissionais devidamente capacitados para escrever as matérias, que estabeleçam um sistema de consultoria a um historiador, afinal, o artigo poderia ser usado, inclusive contra quem o usa, já que mostraria uma péssima qualidade ao apresentar erros absurdos.
Lamento que as pessoas que leram a notícia estão chocadas com o erro não chegarão a ler o meu artigo. Não que eu seja a salvadora da pátria, mas não posso deixar de apontar que a educação desse país está de mal a pior há muitos anos: afinal, se alguém que se diz apto a reprovar um material didático afirma que uma das capitais do império romano não foi em Milão no período referido, realmente, é um indicativo de péssima qualidade do ensino.
Saliento que não acho que TODOS deveriam saber que Milão chegou a ser capital do império, mas em pleno século XXI sair por aí acreditando em tudo o que se lê sem a menor preocupação de entender sobre o que se trata é um erro gravíssimo, pecado imperdoável para aqueles que se julgam aptos a lançar suas críticas.
Lamentável não é a apostila. Lamentável é a notícia.
Deprimentes são os comentários sarcásticos de quem não tem conhecimento. Triste é saber que o fato será espalhado em escala nacional. Difícil é o meu trabalho como professora ser achincalhado por pessoas que não fazem ideia do que estão falando e que ainda assim, não reconhecem a nossa luta diária na instrução de seus filhos.
Veja a notícia aqui: https://plus.google.com/+JornalOGlobo/posts/jQcprXZujiR
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