07/03/12
ESCOLAS DA PREFEITURA ESTÃO EM RISCO DE DESABAMENTO, DIZ SINDICATO
07/03/12
O Estado de Nossas Escolas
A precariedade dos
prédios da rede municipal de ensino associada a soluções de improviso dadas
pela Prefeitura deixam a comunidade escolar apreensiva com tanto descaso com o
dinheiro público em obras de reforma e construções que mostram problemas meses
depois de serem concluídas e, principalmente, com a integridade física das
pessoas que freqüentam esses espaços.
O CIEP Luis Carlos
Prestes sofreu uma reforma que custou um milhão e trezentos mil reais,
há cerca de um ano atrás. Apesar do custo altíssimo da obra, ventiladores e
prateleiras estão caindo, deixando parafusos expostos, uma das salas de aula
está interditada porque parte do teto caiu, colocando em risco a vida de
crianças e adultos, e o banheiro feminino não está funcionando. Questionados,
os engenheiros argumentam que estes problemas fazem parte do desgaste natural
do tempo (um ano!!).
A situação vivida
pela EM Frei Gaspar é ainda pior. Construída em 2008, apresenta várias
rachaduras, descolamento de pastilhas do revestimento da fachada e esquadrias
das janelas tortas e empenadas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil
interditaram o prédio por apresentar problemas estruturais e risco de
desabamento. Depois que a imprensa repercutiu o caso, a partir da denúncia do
SEPE, o engenheiro envolvido com denúncias sobre a liberação de brinquedos no
Parque Terra Encantada, em 2010, onde uma senhora de 61 anos morreu ao cair da
roda gigante, emitiu laudo liberando o prédio da escola para funcionamento,
baseado numa vistoria “restrita a uma análise técnica visual”. Como uma obra
tão recente passa por esse tipo de problema? Como acreditar numa vistoria feita
superficialmente por um engenheiro com este histórico? Por que os andaimes com
escoramentos na laje do primeiro piso foram mantidos, já que não existe risco? A
situação é extremamente grave, pois envolve risco de vida!
Basta relermos a
matéria sobre a situação vivida pelas Escolas Municipais República da Colômbia
e Rio das Pedras, desde o desabamento desta última, e as condições em que este
desabamento ocorreu, para vermos o quão questionáveis são laudos emitidos desta
forma.
Durante a
manifestação do dia 14/3, um grupo de professores da EM Rio das Pedras, junto
com um de nossos diretores, foi à SME pressionar por uma audiência e conseguiu
ser recebido pela assessoria da secretária Claudia Costin. Depois de insinuar
que o desabamento aconteceu por um problema de gestão, já que a manutenção do
prédio cabe à equipe de direção (pasmem!), quase três anos depois, a solução
adotada, na época, como emergência, continua mantida e não há previsão de
quando o novo prédio será construído porque houve problemas com o TCM em
relação ao orçamento da obra. Mas a prefeitura está construindo dois EDIs e uma
escola regular no bairro... Por que não priorizar a reconstrução de uma Unidade
que está funcionando de forma tão precária?
É importante que
professores, funcionários, alunos e responsáveis de todas essas escolas
entendam a necessidade de mobilização junto à Regional e ao SEPE central para
que tenhamos força de intervenção nestas realidades tão graves. Nossa força é
proporcional à nossa mobilização. Estamos juntos nesta luta!
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