CRECHE EM OLARIA (RJ) FOI INAUGURADA PARA AUTORIDADES. ALUNOS AINDA ESTÃO EM CASA

Retirado do site do jornal Extra.

04/04/12 07:00A creche Sargento Jorge FAleiro de Souza, na Rua Paranhos, em Olaria: inaugurada em 10 de fevereiro, mas fechada até hoje Foto: Fabiano Rocha / ExtraBernardo CostaA creche Sargento Jorge FAleiro de Souza, na Rua Paranhos, em Olaria: inaugurada em 10 de fevereiro, mas fechada até hoje Foto: Fabiano Rocha / ExtraEnquanto o prefeito Eduardo Paes e a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, entregavam reformada a Escola Municipal Clóvis Beviláqua, em Olaria, outra instituição de ensino gerida pelo município no mesmo bairro, distante cerca de um quilômetro, permanecia fechada, apesar de ter sido inaugurada no dia 10 de fevereiro, em solenidade que contou com a presença das mesmas autoridades.

Na época, Paes e Costin inauguraram seis unidades voltadas para a educação infantil, para crianças de seis meses a 5 anos e 11 meses de idade, batizadas de Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI), nas regiões dos complexos do Alemão e da Penha. Para o EDI Sargento Jorge Faleiro de Souza, na Rua Paranhos, foram anunciadas 100 vagas. A estrutura está pronta para receber os alunos, mas, até agora, as salas permanecem vazias.

O atraso no início das aulas estaria relacionado à falhas na fase de construção. A secretária Claudia Costin admitiu os problemas, mas não soube especificá-los.— Constatou-se erro na obra, e achamos melhor não iniciar as atividades. Mas a creche iniciará o funcionamento após os feriados de Páscoa. Haverá uma reunião com os professores na segunda-feira — diz Costin.

Ainda sem gásFuncionários do EDI, no entanto, relataram problemas referentes ao abastecimento de gás, ao risco de desabamento de um poste de energia sobre a creche e ao elevador, que ainda não havia sido instalado, assim como os telefones da escola. Questionada, a Secretaria municipal de Educação confirmou todas as denúncias e informou que as aulas terão início na semana que vem.

Matrícula de novos alunos já foi feitaEnquanto isso, o não funcionamento da creche atrapalha a vida de quem tem filho matriculado na unidade. Uma das que sofrem as consequências é a manicure Vanesca Lima da Fonseca, de 29 anos. Sem ter com quem deixar o filho de 2 anos, e não dispondo de renda para contratar alguém que pudesse ficar com a criança, Vanesca disse que já teve que dispensar duas chances de trabalho.

— Em ambos, eu teria a carteira de trabalho assinada. Num deles, que seria de promotora de marketing, perdi por causa do prazo. Já a outra vaga, que seria de vigilante, o patrão me deu um prazo para eu resolver a questão do meu filho, mas não sei até quando ele vai ter que esperar — disse Vanesca, que ontem pela manhã esteve na creche da Rua Paranhos.