Horas-extras??? Nem sabia que o governo pagava isso.
Mais um vez o lenga-lenga do cartão cultura.
Levantamento da Secretaria de Educação mostra ainda que quase 4 mil profissionais sequer justificaram afastamento
RUBEN BERTA - 6/06/12 - 18h38
RIO - Um pente-fino nos afastamentos de professores, que começou a ser realizado no ano passado e está sendo aperfeiçoado este ano pela Secretaria estadual de Educação, revela um quadro preocupante: chega a quase 19 mil o número médio de docentes de licença na rede, o que corresponde a nada menos do que um quarto do total, de 75 mil profissionais. O último levantamento, referente ao mês de março, revela ainda que, dos 19 mil servidores que estão fora das salas de aula, 3.798 faltaram pelo menos um dia sem dar qualquer justificativa. Consequentemente, tiveram seus vencimentos descontados.
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Em março, houve mais 7.871 docentes que faltaram com justificativa. Completam o quadro dos ausentes outros 7 mil que já estavam de licença e se mantiveram no período. Desde o início do ano, a secretaria está fazendo um detalhamento dos motivos de afastamento para planejar novas ações assim que houver um diagnóstico mais completo.
— O que já conseguimos verificar, e isso é algo que em se repetindo nos últimos anos, é que há meses de pico de licenças, como outubro e maio. Nos meses de férias, janeiro e julho, a quantidade de afastamentos cai consideravelmente — completa o subsecretário.
Para a reposição imediata das carências, o estado tem apelado principalmente para as horas extras, de professores que atuam nas próprias unidades. Outra estratégia são os contratos temporários.
— Se há um quarto da rede que está fora, é sinal de que está havendo um esforço redobrado dos outros três quartos. Além disso, estamos gastando dobrado com as horas extras — comenta Becker.
O pente-fino nas licenças está sendo realizado através da contratação de perícias terceirizadas. Este ano, o projeto atingiu os 92 municípios do estado. Outro problema que está no foco da secretaria é o de professores que passaram em concursos em determinadas regiões, mas se negam a trabalhar nelas por serem longe de suas residências. O órgão já enviou consulta à Procuradoria Geral do Estado para saber se é possível punir esses profissionais de alguma forma.
Outras medidas que têm sido adotadas pela Secretaria de Educação para atrair professores para as salas de aula foram a concessão de benefícios como o auxílio qualificação (R$ 500 para investimento em atividades culturais) e a criação de um programa de formação continuada de docentes, que inclui até bolsas de MBA.
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