Retirado do site todos pela Educação.
25 de junho de 2012
Para os especialistas na área, as propostas digitais são positivas, mas devem servir de mediação entre professor, aluno e conhecimento
Fonte: Diário Catarinense (SC)
Na carteira da Escola, ao lado dos lápis e do livro, um tablet. Foi o que defendeu o Uno Internacional – um dos braços do Grupo espanhol Santillana, da área editoral e de mídia _, em conferência realizada em Florianópolis, no fim de semana. A proposta, implantada em 600 Escolas da América Latina desde o ano passado, aponta para uma atmosfera digital do Ensino infantil ao médio, com tablets, projetores e uma prática de uso do meio digital no processo de aprendizagem.De acordo com o diretor-geral da Santillana Brasil, Sérgio Quadros, o projeto é uma via para se ampliar os horizontes dos estudantes.
– No momento em que estiver online, o Aluno poderá ver um mapa de onde cada colega está e onde a sala está em relação à Escola.
No início, os Alunos utilizariam os tablets apenas na Escola, contando com os computadores de casa para fazerem as tarefas. Apenas depois de se criar o hábito de uso dos equipamentos como estudo, os estudantes levariam os tablets para casa. Para Sérgio, cada Escola e cada Aluno tem um ritmo diferente para compreender a proposta, o que exigirá o acompanhamento do sistema de Ensino.
A previsão é que a ideia passe a ser implantada nas Escolas particulares do Brasil a partir do ano que vem. Mas a capacitação dos Professores já deve começar no segundo semestre com Escolas interessadas. Os custos também devem ser estimados de acordo com a realidade brasileira. Os responsáveis apostam no interesse dos Alunos para manterem a atenção nas aulas.
Para os especialistas na área, as propostas digitais são positivas, mas devem servir de mediação entre Professor, Aluno e conhecimento. O coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Federal, Juares da Silva Thiesen, reitera a importância dos Docentes neste processo.
– Se não tiver orientação, o Aluno está com tablet, com tudo, mas as informações são tantas que ele não se apropria dos conceitos. Os Alunos também passarão a ler textos em fragmentos e há uma perda na profundidade de conhecimentos.
O Educador e pedagogo José Zinder acredita que, com boa metodologia e capacitação de Professores, as tecnologias só têm a ajudar.
– O Aluno quer novidade, e a sala só com lousa é usada aqui há décadas.
“Cada aluno aprende de um jeito”
Um dos parceiros do projeto é a emissora norte-americana Discovery, que fornecerá vídeos que podem ser utilizados em sala de aula. O responsável pelo desenvolvimento de planos de ação da emissora, Scott Kinney, conversou com a equipe do Diário Catarinense sobre a proposta digital.
Diário Catarinense – Por que a empresa se tornou parceira da proposta?
Scott Kinney – Muitos estudantes já estão habituados com a Discovery. A intenção é dar instruções, prover serviços e trabalhar os conteúdos junto com os Professores, ajudar as Escolas. A questão é como mudar a dinâmica diante da realidade digital.
DC – Para vocês, qual o diferencial da proposta?
Kinney – Cada Aluno aprende de um jeito diferente. Alguns estudantes podem entender só de ouvir o Professor, outros precisam interagir, outros precisam de recursos de áudio. A Escola precisa estar preparada com áudio, vídeo, para cada um aprender à sua maneira. Um Aluno que nunca viu o mar, por exemplo, pode ver um vídeo no tablet e entender com mais facilidade.
DC – Seria possível estender a proposta para Escolas públicas?
Kinney – Também trabalhamos com Escolas pobres nos Estados Unidos. O modo como é possível trabalhar a questão digital, nessas realidades, também será parte desse processo pelo qual vamos passar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário.